Morte de comandante do Exército intriga militares

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A morte do coronel Daniel Moura, comandante do Batalhão de Apoio às Operações Especiais em Goiânia, está sendo cercada de questionamentos por parte dos militares. Aos 47 anos e com três décadas de serviço nas Forças Armadas, o coronel, que possuía ampla experiência com paraquedas, faleceu na terça-feira (8/10) durante um salto de adestramento.

Acredita-se que tanto o paraquedas principal quanto o reserva possam ter falhado, mas militares próximos sugerem que o problema talvez não tenha sido causado por erro do comandante. Ao invés disso, há suspeitas de que o incidente possa ter relação com uma possível negligência na preparação do equipamento, responsabilidade atribuída ao Pelotão de Dobragem de Paraquedas Especiais, cuja equipe é responsável por seguir rigorosas etapas para evitar falhas.

O Comando Militar do Planalto (CMP) informou que o modelo do paraquedas utilizado, o Legend M, é similar a outros tipos usados em operações esportivas e táticas. O CMP garantiu ainda que as condições climáticas eram favoráveis e que outros paraquedistas participantes não enfrentaram problemas.

O coronel Moura estava a bordo de um avião C-105 Amazonas, da Força Aérea Brasileira (FAB), uma aeronave comumente utilizada para transporte tático e lançamentos de paraquedistas. No entanto, detalhes específicos sobre o acidente, como o tipo de missão e os procedimentos de perícia no local, ainda estão sob investigação.

Um militar próximo relatou detalhes sobre o possível desenrolar do acidente. Segundo ele, uma pane no paraquedas principal levou o coronel a acionar o reserva, mas o principal não se soltou como deveria, resultando em um enrosco fatal entre os dois.

“Deu alguma pane no paraquedas principal. Então, ele acionou o reserva. No entanto, o paraquedas principal, que não estava completamente aberto, não foi ejetado por ele ou devido a uma falha no material. Os dois paraquedas acabaram se enroscando, e o comandante desceu direto, sem sustentação”, relatou a fonte.

Daniel Moura ingressou no Exército em 1995 e estava no comando do Batalhão de Apoio às Operações Especiais desde dezembro de 2022, onde era reconhecido por sua liderança e competência. Sua posse ocorreu no pátio de formatura do batalhão, uma solenidade de grande importância para a corporação.

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