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A temida CPI do BNDES é uma realidade. O país vai se escandalizar...

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O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, cumprindo o seu novo papel de oposição ao governo, autorizou na noite desta sexta-feira (17) a instalação de duas CPIs, a temida CPI do BNDES, e uma outra que igualmente causa pavor, a CPI dos fundos de pensão.

A CPI do BNDES pretende apurar os empréstimos secretos concedidos pelo banco a outros países, como Angola e Cuba, e os repasses feitos a empresas de fachada que foram alvo de denúncia na operação Lava Jato. Entre 2003 e 2014, o BNDES concedeu financiamentos de pelo menos 2,4 bilhões de reais a essas empreiteiras.

Já a outra CPI visa apurar a aplicação de recursos destinados a quatro fundos de pensão: Fundação dos Economiários Federais (Funcef), Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis). Conforme requerimento apresentado pela oposição, há a suspeita "de que houve má-fé na gestão do patrimônio desses fundos".

Sem dúvida, é de fundamental importância a investigação e os resultados deverão ser catastróficos, mas inadmissível perceber o quão frágil é o país e o quanto de poder uma só pessoa é capaz de deter. Não fosse a situação delicada de Cunha como investigado na Operação Lava Jato, e não teríamos a criação dessas duas CPIs. Seu objetivo é muito claro, criar novos fatos que se sobreponham às revelações de Julio Camargo - o lobista que o denunciou - para que tenha tempo de traçar uma estratégia e se desvencilhar de seus mal feitos.

Para viabilizar as CPIs - que estavam no 7º e 8º lugar na fila, sendo que apenas cinco podem funcionar ao mesmo tempo -, o peemedebista arquivou outras propostas de CPI: a do setor elétrico, de violência contra as mulheres, desabastecimento de água e telefonia móvel, todas igualmente importantes, mas que não fazem parte de seus interesses exclusivamente pessoais.

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