Quando um copo de suco é negado a um médico cansado e faminto

07/12/2017 às 16:00 Ler na área do assinante

Quando um funcionário da cozinha de um hospital público, nega um copo de suco a um cirurgião que perdeu a hora do almoço porque estava há horas operando um paciente moribundo, precisamos rever os nossos valores e as nossas atitudes.

A sociedade brasileira está doente.

Pode parecer brincadeira, um desses "MIMIMIs" que a esquerda utiliza de forma despudorada para se vitimizar e ganhar a opinião pública, mas pode acreditar, para nossa infelicidade, o relato é verdadeiro.

Recentemente o presidente Temer inaugurou mais 11 faculdades de medicina no Brasil, outra dezena aguarda autorização de funcionamento. Será que o problema da saúde pública brasileira é realmente falta de médicos?

Anos e anos de desvio de dinheiro público, má gestão financeira e de uma política populista e demagógica conseguiram destruir não só o sistema de saúde público como também a relação entre os indivíduos de nossa sociedade.

Tentam a todo instante jogar negros contra brancos, indígenas contra não indígenas, ateus contra religiosos, gays contra heterossexuais, feministas contra homens, empregados contra patrões e todos contra os médicos.

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É muito triste, mas é isso o que acaba acontecendo. Para a população em geral, o médico tem que trabalhar muito, ganhar pouco, ser atencioso e sensível com todos os seus pacientes, não pode falhar nunca, à despeito da falta de condições de trabalho e quando necessita de alguma contra partida, o que recebe em troca? A negativa de um mero copo de suco ou uma conta super faturada, quando precisa de qualquer tipo de serviço da sociedade, pois afinal de contas, o homem é "dotor".

Sinceramente, precisarmos rever os nossos conceitos. Não pedimos nada demais, apenas condições adequadas de trabalho, para melhor atender a sociedade, pagamento em dia, pois também temos família para sustentar e um pouquinho de carinho e consideração.

O Brasil precisa realmente mudar, mas para que isso realmente aconteça, a mudança precisa começar dentro de cada um de nós.

Obs.1: Hoje conversei com vários bons médicos que estão se preparando para deixar o nosso país. Uma lástima.

Obs.: Fato ocorrido em um hospital público do TO.

Roberto Corrêa Ribeiro de Oliveira

Médico anestesiologista, socorrista e professor universitário

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