Malafaia sobe o tom contra outro ministro do STF que tentou intimidar o Congresso

O pastor Silas Malafaia utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira (1º) para se posicionar firmemente em defesa do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), após o parlamentar ser intimado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. A manifestação de Dino, segundo Malafaia, representa uma tentativa de intimidar o Congresso e barrar o avanço do projeto de anistia aos presos e investigados pelos atos de 8 de janeiro.

Malafaia relembrou a declaração de Sóstenes à imprensa, em que o deputado afirma que, caso o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), continue a desrespeitar o acordo firmado com a maioria dos parlamentares sobre a urgência da votação da chamada “anistia humanitária”, o partido poderá romper o pacto de distribuição de emendas, retirando de Motta o controle sobre 70% dos recursos.

A resposta do STF veio em seguida, com Flávio Dino exigindo explicações em até 48 horas. O líder religioso repudiou a atitude:

“Não, não, isso não é possível, isso é um absurdo. O deputado Sóstenes Cavalcante, que é macho e sabe seus direitos e deveres, ele diz, está na imprensa: ‘Eu não devo resposta e satisfação sobre isso’”, disse Malafaia.

Ele ainda citou o artigo 53 da Constituição, que garante a inviolabilidade de deputados por suas opiniões, palavras e votos.

Malafaia também acusou o Supremo Tribunal Federal de exercer uma pressão indevida sobre o Legislativo para impedir o avanço do projeto de anistia. Segundo ele, a fala recente do senador Davi Alcolumbre, mencionando a possibilidade de suavizar penas em vez de aprovar uma anistia total, é reflexo dessa pressão:

“Isso é uma vergonha. Nós não queremos meia sola de anistia”, afirmou o pastor.

Ele questionou a autonomia do Congresso e criticou o que considera uma interferência do Judiciário no processo legislativo:

“Desde quando o Congresso Nacional tem que pedir autorização ao STF para fazer lei? O Congresso Nacional não é capacho nem do Poder Executivo, nem do Poder Judiciário.”

Ao final do vídeo, Malafaia convocou a população a participar de uma caminhada pacífica em defesa da anistia, marcada para a próxima quarta-feira (7), às 16h, com concentração em frente à torre de televisão de Brasília. A manifestação seguirá até o Congresso Nacional, em apoio à proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. 

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