Fraude na Americanas arrasa com vida de ex-diretor, que sem opção abre "boteco" na Rocinha

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O ex-diretor financeiro da Americanas, Fábio da Silva Abrate, inaugurou um estabelecimento chamado Brasa Boteco na Rocinha, no Rio de Janeiro. Fez isso, após enfrentar uma fase difícil com enorme dificuldade para conseguir um novo emprego. Antes, ele ainda abriu uma consultoria e teve uma passagem curta pela rede de moda Zinzane.

A situação do ex-diretor da Americanas foi retratada numa reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, com base em sua delação premiada que o jornal teve acesso. Transcrevemos:

“O cenário que encontrou fora da Americanas, descreveu ele, foi de terra arrasada: além de perder o emprego, sua imagem e sua empregabilidade estavam prejudicadas.
Ao encerrar sua carreira de 20 anos na companhia, ele lamentou a forma como foi afastado, em uma reunião da qual apenas os advogados participaram.
Ainda conforme a delação, o estabelecimento na Rocinha foi aberto em janeiro do ano passado e resulta de uma sociedade feita com seu pai, que tem 20%, além de um gerente de bares, morador da comunidade, que tinha 10%. Cerca de seis meses depois, o executivo adquiriu a fatia do minoritário ficando com 80%, ao lado do pai.
Procurado pela reportagem, Abrate e seus advogados não quiseram se pronunciar sobre a delação. Por meio de nota, ele comentou apenas sobre o estudo que elaborou para levantar o potencial de mercado na Rocinha.
‘Na avaliação que eu fiz sobre o potencial negócio, eu identifiquei uma oportunidade de criar um estabelecimento que entregasse dignidade à população por meio de ambiente limpo, alegre, bem reformado, com boa comida e boa bebida, gerando emprego para as pessoas locais, com bom atendimento ao público (morador atendendo morador) e cobrando um valor justo por isso. Combinando ainda transmissão dos jogos de futebol e música ao vivo. Essa fórmula não se via nos restaurantes que já estavam presentes na região’, disse em nota.
Em sua delação, feita em novembro de 2024, Abrate disse que a casa ainda não dava lucro e que seu faturamento girava em torno de R$ 120 mil a R$ 130 mil.
A decisão de empreender no ramo veio após a conclusão de que o impacto reputacional provocado pela repercussão do caso Americanas dificultaria o caminho para Abrate se empregar novamente como alto executivo. A princípio, ele abriu a consultoria, mas também sentiu que não seria fácil atrair clientes.
Aos procuradores, o delator disse que a varejista de moda Zinzane já havia contratado outro ex-executivo da Americanas e o convidou para entrar na equipe.
A princípio, disse, a Zinzane propôs a ele uma remuneração inferior a R$ 50 mil por mês, valor que considerou baixo para uma função de tempo integral, mas negociou R$ 25 mil por um pacote de algumas horas de dedicação, o que lhe permitiria complementar a renda com outras opções de trabalho.
Ao notar que a atração de novos clientes para a consultoria não avançava, Abrate relata ter negociado com a Zinzane para receber uma remuneração mais alta, em torno de R$ 100 mil mensais, segundo afirmou na delação.
Porém, também não avançou. Poucas semanas depois, uma nova frustração apareceu, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Disclosure, em junho de 2024, o que o levou a se afastar da rede de moda e se concentrar no projeto do Brasa Boteco.
Em nota enviada à Folha, Abrate também comentou sobre a experiência na Zinzane. Disse que o salário de R$ 100 mil por mês foi combinado para dedicação exclusiva, mas ele não chegou a completar um mês de trabalho.
‘Meu início presencial na Zinzane foi na segunda quinzena de junho de 2024, e a operação da PF foi no dia 27 de junho de 2024’, disse em nota.
A Zinzane não respondeu às tentativas de contato feitas pela reportagem.”

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da Redação