França vai construir prisão de segurança máxima na selva amazônica

Em uma medida que já deveria ter sido tomada há anos, o ministro da Justiça da França, Gérald Darmanin, anunciou no último domingo (18) um projeto ousado e necessário: a construção de uma prisão de segurança máxima em plena floresta amazônica, no território ultramarino da Guiana Francesa.

A instalação será erguida nas proximidades do lendário presídio da Ilha do Diabo — famoso pela sua dureza e por ter inspirado o filme Papillon (1973), estrelado por Steve McQueen. O novo complexo penitenciário, que contará também com um tribunal no local, será construído na cidade de Saint-Laurent-du-Maroni, próxima à fronteira com o Suriname. A obra está orçada em 400 milhões de euros (mais de 2 bilhões de reais) e deve abrigar até 500 criminosos, incluindo 60 de alta periculosidade.

O objetivo é claro: colocar atrás das grades os chefes do narcotráfico e os radicais islâmicos que representam uma ameaça crescente à segurança da região e da própria França. Darmanin foi direto ao afirmar que os atuais presídios não oferecem estrutura adequada para manter esses criminosos “extremamente perigosos” sob controle.

A Guiana Francesa tornou-se uma verdadeira porta de entrada da cocaína produzida na América do Sul rumo à Europa, transformando o território em uma zona de guerra dominada por facções e grupos criminosos. A taxa de homicídios na região já alcança os alarmantes 18,4 por 100 mil habitantes — 15 vezes mais que a da França metropolitana.

Enquanto setores da esquerda e ONGs se apressam em criticar o projeto, alegando “impactos sociais e ambientais”, a verdade é que a criminalidade descontrolada precisa de uma resposta firme. E ela está finalmente chegando.

Com 49 barões da droga já presos nos territórios ultramarinos e uma estrutura penal sobrecarregada, a nova prisão representa um símbolo: a retomada da autoridade do Estado e a garantia de que a justiça ainda pode prevalecer contra o caos.

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