

O renomado jornalista mineiro José Aparecido Ribeiro, 40 anos de profissão, foi banido sumariamente pela plataforma WhatsApp da empresa americana META (Facebook, Instagram, Messenger, WhatsApp, Oculus, Threads, Mapillary, Workplace) do empresário Mark Zuckerberg.
Na última sexta-feira, 16, foi surpreendido ao acessar seu perfil no WhatsApp Business com a informação que fora banido. O que mais deixou o jornalista indignado é que não houve nenhuma justificativa por parte da empresa, e muito menos respostas para as inúmeras tentativas de contato.
Um banimento sumário como este promovido pela plataforma de mensagens dá sinais muito evidentes de perseguição política, e se aproxima perigosamente da desconfiança popular, que recai sobre uma postura tendenciosa praticada durante muitos anos no Brasil; a censura. É a LIBERDADE DE EXPRESSÃO cada vez mais acuada.
A Meta, após a posse do presidente americano Donald Trump, em janeiro deste ano, abriu expectativas positivas com um recuo inesperado relativo ao comportamento seletivo que a empresa praticava, sempre alinhado ao progressismo global (que no fundo favorecia o espectro da esquerda).
Este recuo se deu quando o presidente e CEO da META, Zuckerberg, anunciou medidas no que diz respeito à moderação de conteúdo político nas redes sociais Facebook, Instagram e Threads, além da retirada de restrições de assuntos com temáticas de imigração e questões de gênero. A empresa abandonou a metodologia de busca de irregularidades digitais pelas informações baseadas nas publicações das empresas de checagem, adotando em seu lugar, a chamada Notas da Comunidade, a mesma praticada pelo X (antigo Twitter).
Além disso, Zuckerberg mudou radicalmente seu discurso no que tange a liberdade de expressão e sua proteção. Inclusive, transmitiu a ideia que se sentiu enganado por determinados governos, tentando se justificar a obediência cega a determinações e desmandos de cortes judiciais pelo mundo.
Não sei se o caro leitor observou que neste contexto das mudanças anunciadas, o WhatsApp não foi citado, suscitando suspeitas de uma “reserva” da empresa para atender algumas reivindicações políticas (quem sabe…). E pela ação covarde contra o jornalista José Aparecido podemos deduzir que o WhatsApp não está mesmo inserido neste novo conceito do grupo tecnológico empresarial.
Inconformado, José Aparecido ativou a versão WhatsApp Messenger (a mais usual pelo público), e pasmem, recebeu nova ameaça: a de banimento também nessa versão popular.
Sem alternativas, acionou o WhatsApp na justiça, e ainda que desesperançoso frente a inexplicável militância judicial desses tenebrosos tempos, sua expectativa é que seja conhecida publicamente os motivos que o tornaram um banido digital.
A indignação do jornalista não reside apenas na concepção que os atos estranhos à democracia e à liberdade de expressão trazem, mas, principalmente, respaldado em sua própria história e ilibada conduta durante sua vida profissional, baseado nos valores éticos e na verdade. José Aparecido, usa o mesmo número - 31-99953-7945, há 30 anos para seu trabalho, e adaptado às novas tecnologias, tem 15 anos que é usuário da plataforma WhatsApp com o mesmo número. Jornalista especializado na área de turismo, é também envolvido por outras áreas jornalísticas como da política e da saúde, por exemplo, mantém o blog Conexão Minas - www.zeaparecido.com.br , há 15 anos.
A nós, seus colegas de profissão, e aos muitos amigos que José Aparecido fez ao longo de sua trajetória profissional, resta estar ao seu lado nesta luta contra a censura, que, infelizmente, tomou conta do país, ao nos deparar com pretensões autoritárias que se avizinham cada vez mais.
José Aparecido Ribeiro, que tem outras demandas em curso contra si, inclusive, judiciais, contrárias à cidadania, se junta a muitos outros profissionais do jornalismo que são perseguidos de forma implacável, que se veem emparedados por uso de armas; invisíveis ao doutrinado, eficientes para o oportunista e letais para o mau-caráter.
Ciente que a imprensa militante e venal não dá a mínima para o que vem acontecendo no país, posso afirmar com toda convicção, que na classe de jornalistas honrados, há sempre lugar para os corajosos de alma.
Essa luta também é nossa, meu caro!
Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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