O maior estrago da delação de Palocci será a elucidação definitiva do caso Celso Daniel (veja o vídeo)

17/09/2017 às 16:33 Ler na área do assinante

O ex-ministro Antonio Palocci está propenso a fazer a delação premiada. As negociações com a força tarefa do Ministério Público Federal (MPF), estão em fase bastante adiantadas e caminham para resultar num acordo.

Palocci não tem mais qualquer motivação para ocultar a verdade.

E o seu mais recente depoimento perante o juiz Sérgio Moro, foi apenas uma pequena amostra do quão catastrófica serão para o ex-presidente Lula e para o PT, as revelações que Palocci tem para disparar.

E nesse emaranhado de propina e corrupção, nada é mais aguardado pelo MPF do que o que Palocci tem a dizer sobre o assassinato do prefeito Celso Daniel.

Ambos, Palocci e Celso Daniel, foram prefeitos na mesma época, o ex-ministro eleito prefeito de Ribeirão Preto em 2000 e o prefeito assassinado reeleito na mesma eleição para administrar Santo André.

Eram duas das mais fortes prefeituras que abasteciam os cofres do PT, dos petistas e de Lula.

O assassinato de Celso Daniel é provavelmente um crime político sem precedentes na história do Brasil.

Para não permitir que o crime fosse desvendado, mais sete pessoas foram assassinadas, ou pelo menos tiveram mortes extremamente suspeitas.

A solução apresentada pela polícia foi ridícula. 

O inquérito policial concluiu que criminosos sequestraram Celso Daniel por engano. Isso mesmo, por engano. Ele, segundo o infame relatório da polícia, teria sido confundido com uma outra pessoa, um comerciante, que seria o verdadeiro alvo do sequestro. 

Um menor de idade 'confessou' ter sido o autor dos disparos e oficialmente o caso foi encerrado na polícia.

Certa ocasião, um dos promotores do caso mostrou ao menor uma foto de Celso Daniel. Este não conseguiu reconhecer a pessoa na foto, sendo posta em dúvida a hipótese de ele ter sido o autor dos disparos que vitimaram o prefeito.

Enquanto isto, iniciava-se uma série de homicídios e mortes suspeitas, com o claro objetivo de impedir que o crime fosse desvendado.

Um sujeito que foi preso, de nome Dionísio Severo, ameaçou contar tudo o que sabia sobre o caso. Morreu na cadeia, dois dias após a ameaça. Seu comparsa, conhecido como Sergio 'Orelha', também foi morto. Um investigador de polícia de nome Otávio Mercier, ligado a Dionísio Severo, levou dois tiros dentro de casa.

O garçom Antonio Palácio de Oliveira, que serviu a mesa onde Celso Daniel jantou, momentos antes de sua morte, também morreu assassinado, com ele foram encontrados documentos falsos e um depósito suspeito de R$ 60 mil em sua conta corrente.

A única testemunha da morte do garçom,  Paulo Henrique Brito, vinte dias depois, também foi assassinado.

Na série de homicídios de pessoas com alguma ligação com o caso, chegou a vez do agente funerário Ivan Moraes Rédua. Ele levou dois tiros pelas costas. Tinha sido o primeiro a reconhecer o corpo de Celso Daniel, ainda jogado na estrada, e a chamar a polícia. 

A última morte da série, atingiu o médico-legista Carlos Delmonte Printes, que examinou o cadáver de Celso Daniel. Ele dizia que o ex-prefeito de Santo André foi brutalmente torturado antes de ser assassinado. Estranhamente, o laudo oficial sobre a morte do legista concluiu que ele cometeu suicídio.

Palocci certamente poderá indicar o caminho da verdade e da elucidação do homicídio, desbaratando todos os segredos por detrás do vídeo entre Gilberto de Carvalho e ‘O Sombra’.

Abaixo, vejam o vídeo.

da Redação
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