
Chico Buarque quer que o Brasil rompa relações com a única democracia no Oriente Médio... Até tu, Chico?
29/05/2025 às 10:08 Ler na área do assinante
Às vezes até um gênio como Einstein se engana. Quando perguntado sobre as armas a serem usadas na Terceira Guerra Mundial, Einstein respondeu: "Não sei com quais armas a Terceira Guerra Mundial será travada, mas a Quarta Guerra Mundial será travada com paus e pedras". O campo de batalha nas guerras do futuro será a conquista de ideias.
Assim como a Segunda Guerra Mundial foi uma continuação da Primeira, a Terceira Guerra Mundial se esboça hoje na luta não declarada por esferas de influência da China, EUA, Rússia, tendo o extremismo islâmico e rivalidades entre Irã e Arábia Saudita como elementos adicionais. Essa luta questiona a hegemonia econômica e o modus vivendi das democracias ocidentais como principal resultado da Segunda Guerra Mundial. O fato é que a Terceira Guerra Mundial já começou indicando um caminho totalmente novo para todas as guerras subsequentes. E, sem querer, Israel parece estar no centro desses acontecimentos.
Até a intelectualidade tupiniquim se assanhou em sua cegueira ideológica e resolveu pedir a Lula que rompesse relações com Israel, um tradicional aliado do Brasil. Lamento ainda que o Brasil, terra de imigrantes, cenário de convivência pacífica entre árabes e judeus agora se abra para o ódio antissemita - disfarçado de ódio antissionista, contra a existência de Israel. É um movimento contra a única democracia no Oriente Médio, talvez porque Israel tenha agora um Primeiro Ministro de direita.
Por um lado, todos sabem que Israel precisa se defender em uma “guerra quente” em sete frentes no Oriente Médio, envolvendo Gaza, Líbano, Síria, Cisjordânia (Judéia/Samaria), Iêmen/Houthis, Iraque e principalmente o Irã por trás de tudo. É uma guerra presencial e por procuração, já que o Irã financia seus intermediários bélicos como Hamas, Hezbollah e Houthis.
Mas, ao mesmo tempo, há um outro tipo de guerra. Ao contrário das guerras convencionais, esta não é travada com tanques, drones ou mísseis e não busca a conquista de territórios. É um conflito virtual, uma “guerra fria” global pela mente das pessoas. A maior expressão dessa recente guerra é o recrudescimento global do antissemitismo, disfarçado de antissionismo, com oposição generalizada a Israel. A Liga Antidifamação (Anti-Defamation League ADL) registrou um crescimento alarmante de 893% no antissemitismo global nos últimos 10 anos, principalmente a partir do 7 de outubro de 2023.
Ou seja, Israel enfrenta uma guerra quente em sete frentes e uma guerra fria em escala global. Parece estar ganhando a primeira, mas perdendo a segunda. E, aparentemente, quanto melhor o seu desempenho militar exercendo um legítimo direito de defesa, pior o seu desempenho na guerra global pela mente das pessoas. Como disse Golda Meir: “O mundo odeia um judeu que reage. O mundo só nos ama quando somos dignos de pena." Alguns se referem a uma atual “intifada global”: turistas israelenses são hostilizados e judeus são atacados em eventos esportivos na Europa, até o festival de música EuroVision é usado por antissemitas para manifestações contra Israel. A esquerda global abraça causas anti-israelenses e grita: “Do rio ao mar, a Palestina será livre” talvez até sem entender, ou entendendo muito bem, que isso significaria na prática a destruição de Israel. A única democracia no Oriente Médio talvez já tenha perdido a oportunidade para reverter esse cenário por várias razões:
a) Ao contrário do Qatar, Israel não investiu bilhões para aparelhar universidades americanas e comprar opiniões na grande mídia.
b) Ao contrário do fundamentalismo islâmico, Israel não exerce emigração em massa para a Europa e proselitismo forçado.
c) Israel não possui bilhões vindos do petróleo.
d) Israel perde todas as votações internacionais na ONU por ser apenas um voto contra 22 países árabes, somados a outros que tendem a votar contra Israel como China, Irã, Rússia, além dos 57 membros da Organização para Cooperação Islâmica (OIC). Israel é o único membro das Nações Unidas ameaçado de extinção por outros países membros. De 2015 a 2023, a Assembleia Geral da ONU adotou 154 resoluções contra Israel e 71 contra outros países.
e) Israel nunca faria um ataque bárbaro como o Hamas que estuprou, torturou, incendiou, degolou, raptou civis, incluindo mulheres, crianças e bebês. A propaganda pro-Hamas confunde a opinião pública acusando Israel do que o Hamas fez: um genocídio bárbaro. Há interpretações plausíveis sugerindo que o próprio Yahya Sinwar, o arquiteto do massacre de 7 de outubro, reconheceu que seu pessoal se excedeu. Ele nunca previu todas as consequências do ataque incluindo sua própria morte, a queda do regime de Assad na Síria, a derrota do Hezbollah no Líbano, a gradual eliminação das lideranças do Hamas, o enfraquecimento da presença Iraniana no Oriente Médio, entre outras consequências inesperadas ainda acontecendo.
Por outro lado, a máquina de propaganda pró-Hamas conseguiu transformar um grupo terrorista sanguinário em uma vítima lutando pela liberdade ao retratar Israel como um vilão neocolonialista genocida, recolocando a causa palestina na agenda global. Ao mesmo tempo, a opinião pública em Israel nunca parece ter rejeitado com tanta ênfase um estado palestino. A paz entre israelenses e palestinos parece ter se transformado em um sonho cada vez mais distante.
Há uma saída? O prognóstico não é muito positivo, mas eu gostaria de ressaltar alguns elementos que poderiam resultar em um desfecho favorável a partir de fatos recentes:
1) Protestos da população de Gaza contra a brutal ditadura do Hamas;
2) Lideranças de países árabes questionando o modus operandi do Hamas e suas motivações; por exemplo, a Jordânia expulsou o Hamas de seu território;
3) O peso da administração Trump na direção de um reequilíbrio de forças no Oriente Médio, incluindo uma possível paz entre Israel e Arábia Saudita.
4) Reações dos setores mais conservadores contra os excessos do radicalismo muçulmano, incluindo a eleição de candidatos de direita em vários países: Alemanha, Argentina, Áustria, Croácia, Ecuador, El Salvador, Eslováquia, EUA, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Panamá, Portugal, República Tcheca, Suécia são alguns exemplos recentes onde a direita ganhou eleições defendendo posições conservadoras contra a imigração de radicais muçulmanos, principalmente na Europa.
É importante observar que o termo "direita" é muito amplo, as políticas e plataformas específicas desses partidos variam de país para país. Além disso, a ascensão de partidos de direita em alguns países é um fenômeno complexo com múltiplos fatores, incluindo rupturas econômicas, políticas contraterrorismo e reações contra o establishment político tradicional como o Peronismo argentino.
Não me considerava de “direita”, mas o comportamento antissemita da esquerda no Brasil e pelo mundo afora me fizeram mudar de ideia. Por exemplo, no dia 28 de maio um grupo de artistas e políticos brasileiros cometeu esse absurdo de entregar essa carta ao presidente Lula pedindo que o Brasil rompa relações com Israel, um tradicional aliado do Brasil. O movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) e a esquerda brasileira estão por trás disso, incluindo Chico Buarque e o PSOL. É a Terceira Guerra Mundial em ação na mentalidade comunista-esquerdista tupiniquim. Aliás, para a esquerda não existe direita, apenas “extrema-direita”.
Por outro lado, observo uma possível retração da agenda woke na grande mídia e nas grandes corporações, entre outros fatores. A evidência mais forte disso é a eleição de Trump nos EUA. Gostem ou não de Trump, o fato é que ele demonstra ser um importante aliado das democracias ocidentais nesse momento de crescimento assustador do terrorismo, antissemitismo, censura e autoritarismo.
Voltando a Einstein, não tenho tanta certeza se paus e pedras serão tão importantes assim para conquistar mentes no futuro próximo. Ainda não sabemos se o mundo das mídias digitais conseguirá imbecilizar totalmente o planeta. Para que Einstein não fique zangado comigo, concluo com outra frase atribuída a ele: “Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana, mas não tenho certeza sobre o universo".
Jonas Rabinovitch. Arquiteto urbanista com 30 anos de experiência como Conselheiro Sênior da ONU em Nova York nas áreas de desenvolvimento e políticas públicas.
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