O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou à Polícia Federal que tome o depoimento do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) com urgência. O pedido, divulgado nesta terça-feira (3), atende à solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e estabelece um prazo de 15 dias para o cumprimento da medida.

O objetivo da diligência é verificar se Mourão teria sido influenciado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) antes de sua oitiva, realizada em 23 de maio, no âmbito da ação penal que investiga uma possível tentativa de golpe.

Segundo informações divulgadas recentemente pelo portal Metrópoles, Bolsonaro teria ligado para Mourão antes do depoimento. Na ligação, o ex-presidente teria pedido ao senador que reforçasse a alegação de que ele não teve envolvimento nos episódios investigados.

Mourão foi ouvido como testemunha de defesa de Bolsonaro e dos generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos réus no chamado núcleo 1 da referida ação penal.

Durante seu depoimento, o parlamentar afirmou que não participou de reuniões com Bolsonaro para discutir medidas de exceção no país. Além disso, negou ter presenciado ou tido conhecimento de encontros com teor golpista nos últimos momentos da gestão anterior.

Além da determinação envolvendo Mourão, Alexandre de Moraes também agendou os interrogatórios de Jair Bolsonaro e outros sete réus para o dia 9 de junho. As oitivas ocorrerão presencialmente, na sala de julgamentos da Primeira Turma do STF.

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