

A Interpol recusou, nos últimos anos, dois pedidos de inclusão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro na lista vermelha de procurados internacionais — medida solicitada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Os jornalistas Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio foram os alvos das tentativas frustradas, o que representou uma derrota para o ministro.
No caso de Allan dos Santos, que se exilou nos Estados Unidos desde 2020, a negativa veio após a Interpol solicitar mais informações à Polícia Federal sobre as acusações de lavagem de dinheiro, organização criminosa e incitação ao crime. A organização apontou que os dados enviados inicialmente eram insuficientes para justificar sua inclusão na lista internacional de fugitivos.
“A descrição das atividades criminosas não é clara”, destacou a Secretaria-Geral em correspondência enviada à PF.
Em dezembro de 2022, o pedido foi formalmente recusado.
Já o pedido de inclusão de Oswaldo Eustáquio, feito em 2023, esbarrou em outro critério: a existência de um pedido de asilo ou refúgio internacional, o que automaticamente impede a difusão vermelha segundo as regras internas da Interpol. A justificativa se ampara no artigo 3º da constituição da entidade, que proíbe envolvimento em casos de natureza política, religiosa ou racial.
Eustáquio, acusado de incitação e participação em atos ocorridos em dezembro de 2022 em Brasília, teve também sua extradição rejeitada pela Justiça da Espanha. O tribunal espanhol decidiu, em abril deste ano, não extraditá-lo, mesmo diante de dois mandados de prisão expedidos no Brasil, sob o argumento de falta de garantias jurídicas e possível motivação política. A decisão foi ainda comunicada oficialmente à Interpol.
A negativa espanhola levou Moraes a reagir com a suspensão da extradição de um cidadão búlgaro condenado na Espanha, alegando falta de reciprocidade nas relações jurídicas entre os dois países.
Porém, segundo o jornal Folha de S.Paulo e em contraste com esses reveses, a Interpol acolheu nesta quinta-feira (5) o pedido de inclusão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em sua lista vermelha. A parlamentar foi condenada a dez anos de prisão pelo STF, acusada de invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio do hacker Walter Delgatti. Um caso carregado de narrativas e inconsistências.
Zambelli foi considerada foragida após sair do país. A Polícia Federal organizou e enviou à Interpol um dossiê completo com os elementos da condenação, levando o comitê da entidade a aprovar a inclusão de seu nome entre os procurados internacionais.
O jornalista Paulo Figueiredo declarou em suas redes sociais:
"Vejo a mídia noticiando que o nome da Carla Zambelli foi incluído na lista da Interpol... Mas não vejo a fonte. A fonte é o jornal. O que sei foi que ela entrou na Itália hoje sem problemas. Considerando o processo interno da Interpol, o mais provável é que o que tenha sido incluído seja o PEDIDO, mas em geral a análise dele ainda exige algum tempo.
Mas não, não é impossível que tenha sido incluído. Apenas improvável"
O desespero é geral!
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