
O Brasil é um nó atrás do outro. Desatá-los é um desafio!
11/06/2025 às 21:52 Ler na área do assinante
Em que pese o posicionamento anti-esquerda, contra os desmandos do STF, a atuação da imprensa venal e todo o maquiavélico plano do sistema em curso no Brasil, não é estranho mais o posicionamento de algumas figuras do espectro político da direita.
Por exemplo, Paulo Figueiredo e Cláudio Dantas. Sempre que podem, eles fazem críticas ácidas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, com comentários que extrapolam o papel do jornalista. Faz parte deste papel, inclusive, tecer comentários sobre os fatos, eventos ou falas, mas daí querer mudar o estilo ou o que pensa o alvo do comentário, já é demais.
Uníssonos, Figueiredo e Dantas criticaram a postura adotada por Bolsonaro em seu próprio julgamento.
Por causa da fala do Bolsonaro que fez uma piada* com Moraes (“convidando-o” a ser seu vice em 2026), Paulo Figueiredo ironiza Bolsonaro - “Fiquem tranquilos. Tudo fazia parte da estratégia.”, e posta um link da página do Cláudio Dantas:
*Olha a piada, de certa maneira, sendo criminalizada, agora por Figueiredo, dando uma de Bárbara de Lima Iseppi (a juíza que condenou Léo Lins).
Por sua vez, Dantas, em sua coluna sob o título - “Com brincadeira sobre vice, Bolsonaro mostrou ao mundo que Moraes é um cara legal”, além das críticas, a meu ver, ácidas demais, chega ao atrevimento de comparar atitudes de Bolsonaro com as do Donald Trump, e vai além, quando sugere como Bolsonaro deveria se comportar.
Em comum, Figueiredo e Dantas querem pautar o comportamento do ex-presidente, dizendo como ele deveria ser e o que deveria fazer. Ora, ambos, ainda que os admire por sua competência, independência e perspicácia jornalística, têm muito mais a aprender do que a ensinar. Ainda mais a respeito de uma personalidade política e de liderança nacional, que dispensa comentários por seu currículo e experiência.
Outro dia, opinei sobre as críticas que o Paulo Figueiredo fez ao Bolsonaro, quando o ex-presidente não foi à segunda sessão do julgamento no STF que o tornou réu, após ter ido na primeira sessão. Figueiredo fez uma leitura bizarra da decisão de Bolsonaro em não ir a tal sessão.
Vocês podem estar se perguntando, porque venho criticar os jornalistas neste episódio. E olha que sempre elogio vários posicionamentos deles em suas postagens.
Há algum tempo venho chamando a atenção sobre uma questão que chega a me perturbar. À medida que o tempo passa, uma ala da direita brasileira apresenta um bloco de gente que instiga atritos dentro da própria ideologia conservadora. E me assusta saber, que quando todo esse sistema da esquerda que hoje impõe seus desmandos sobre a nação ruir, esta mesma ala que hoje está fazendo coro com todos que desejam o fim do autoritarismo implantado no país, vai voltar a ser o que era antes do golpe aplicado pela esquerda e da ditadura da toga.
Basta lembrar como eram críticos ao governo Bolsonaro esses “opositores”. No meio jornalístico, uma turminha fazia esse trabalho. Cláudio Dantas, Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino, Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio, são alguns deles. Um ou outro tem certa proximidade com a turma política do Michel Temer. Isso diz muita coisa.
Nesse imbróglio, após a volta da normalidade democrática aqui no Brasil, fico curioso como ficará a união entre Eduardo Bolsonaro e o Paulo Figueiredo com o digno trabalho que vem desempenhando a favor do Brasil, especialmente lá nos Estados Unidos.
E aí, meus caros?
Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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