O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (17/6), no âmbito da Ação Penal 2.668, que o Google identifique em até 48 horas o responsável por ter publicado na internet a chamada “minuta do golpe”. A investigação gira em torno de uma suposta tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023.
A medida atende a um pedido da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL). Os advogados alegam que é possível encontrar uma versão idêntica da minuta atribuída a Torres por meio de uma simples pesquisa na plataforma do Google, usando o termo “conjur/dl”.
Durante seu depoimento como réu ao STF, Torres declarou não se recordar de ter recebido o documento e ironizou, afirmando que se tratava de uma “minuta do Google”, supostamente acessível a qualquer internauta.
Em resposta, Moraes determinou que os advogados de Torres apresentem uma perícia técnica que comprove que o documento encontrado na residência do ex-ministro não guarda semelhança com outros textos considerados antidemocráticos ao longo da instrução processual.
Além disso, o ministro solicitou uma análise pericial do vídeo da transmissão ao vivo realizada em 29 de julho de 2021. Na ocasião, o então presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de Anderson Torres, mencionou supostas fraudes nas urnas eletrônicas usadas nas eleições de 2018 – sem fornecer qualquer comprovação.
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