O Sucesso e a Expansão Contínua do Pix no Brasil – Quantas Pessoas Usam Essa Opção de Pagamento Online?
23/06/2025 às 17:01 Ler na área do assinanteQuem ainda se lembra de como eram feitas as transferências bancárias antes do Pix, dificilmente sente saudades desse período. Afinal, uma simples transferência entre bancos podia demorar e custar caro, como os serviços de DOC e TED. Após a criação do Pix, estes serviços se tornaram tão obsoletos que foram encerrados no país em 2024. Saiba mais sobre a forma de pagamento online que dominou consumidores e empresas brasileiras.
Mito da Criação
Oficialmente, o Pix foi lançado pelo Banco Central em 2020, motivo pelo qual muitos atribuem sua criação ao governo Bolsonaro. No entanto, este serviço começou a ser desenvolvido ainda em 2018, no final do mandato de Michel Temer, baseando-se em discussões iniciadas em 2016.
Segundo o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, embora os bancos tenham deixado de arrecadar com o pagamento de DOC e TED, não sofreram perdas financeiras, já que podem monetizar as transações de seus clientes de outras formas. O fato é que o serviço foi um sucesso imediato, atingindo mais de 146 milhões de usuários nos dois primeiros anos.
Atualmente, o Pix é o método de pagamento favorito de 73% dos brasileiros. De fato, é um método tão seguro e eficiente que é uma das poucas formas de pagamento autorizadas em sites de apostas online, embora seja possível encontrar o melhor lugar para jogar slots de graça, sem arriscar um centavo. Até fevereiro deste ano, o serviço já havia movimentado mais de R$60 trilhões.
Polêmicas e Desafios
Apesar do enorme sucesso, não faltam polêmicas envolvendo o Pix ou desafios técnicos. As estatísticas de golpes e fraudes envolvendo este serviço vêm crescendo de forma alarmante. O aumento dos casos começou a chamar a atenção em 2023, mas disparou em 70% no ano passado.
Segundo especialistas, o prejuízo causado por estes crimes pode chegar a R$11 bilhões em 2028. A evolução de tecnologias como inteligência artificial pode agravar o quadro ainda mais nos próximos anos, aumentando o número de fraudes em quase 40%.
Contrariando o senso comum, dados divulgados pela Agência Senado em abril deste ano mostram que esses golpes não fazem distinção de idade. Na verdade, a população mais jovem foi a mais afetada, já que é também a que mais usa o serviço. Dentre as vítimas de golpe, 27% tinham entre 16 e 29 anos e 23%, de 30 à 39. Enquanto isso, apenas 16% da faixa mais idosa da população foi afetada. De qualquer forma, todas as faixas etárias sofrem, de uma forma ou de outra.
Embora não haja nenhum custo para os usuários, a implementação e manutenção do Pix envolvem somas milionárias. Para manter a máquina girando, o Banco Central chega a gastar até USD 10 milhões por ano. Os custos de implementação foram rateados entre o Banco Central e as demais instituições financeiras do país.
Embora geralmente breves, falhas técnicas no Pix são comuns e podem causar muita dor de cabeça. Problemas de acesso à internet e instabilidades no sistema bancário podem impedir que transações sejam concluídas em tempo. Como falhas no sistema interno dos bancos (e não do Banco Central) também podem derrubar o serviço temporariamente, os usuários devem contactar suas respectivas instituições primeiro, nesses casos.
Novos Serviços
Desafios à parte, o Pix nunca parou no tempo. Novas opções foram lançadas recentemente e outras tantas estão em fase de estudo. O Pix Automático, que passa a valer a partir do dia 16 de junho, permite o pagamento recorrente de serviços como streaming e academia. Diferente do débito automático, que depende de convênios entre empresas e bancos, qualquer um pode receber um Pix Automático com data marcada.
Já o Pix Parcelado faz as vezes do cartão de crédito, permitindo que o usuário parcele contas grandes, usando apenas seu saldo bancário. Embora o valor acordado seja debitado mensalmente da conta do usuário, quem recebe, recebe o valor integral da compra ou serviço na hora. O procedimento vale tanto para compras online quanto para pagamentos a terceiros, inclusive familiares e amigos.
Embora sem regulamentação oficial por parte do Banco Central, o Pix já é usado em transações internacionais. Na verdade, o BC ainda nem tem previsão de quando o tal “Pix Internacional” será lançado. Mesmo assim, essa forma de pagamento já é aceita fora do país, em estabelecimentos em Portugal, na Argentina, no Chile, no Uruguai, na França e até mesmo nos Estados Unidos, em cidades como Orlando e Miami, onde há grande concentração de brasileiros.
O Futuro do Dinheiro
A expansão do Pix vem acelerando a substituição de dinheiro vivo no Brasil, sendo usado até mesmo para troco. Como todas as transações são registradas pelo Banco Central, ele promove maior rastreabilidade e transparência nas movimentações financeiras. Não apenas empresas e indivíduos estão aderindo em massa à essa forma de pagamento, mas também o Governo Federal, em programas como Bolsa Família e Pé de Meia.
da Redação