A quem interessa o fim do sistema de saúde militar?
27/06/2025 às 07:03 Ler na área do assinante
Recentemente fomos surpreendidos com vídeo intitulado "O Fim do Sistema de Saúde Militar no RJ: Economia ou Retrocesso?".
Como Presidente da AME/RJ - Associação de Oficiais Militares Estaduais da Polícia Militar e do Corpo Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, que há 107 anos defende com ardor os interesses de Ativos, Veteranos e Pensionistas, me vejo na obrigação de esclarecer alguns pontos diante dessa enxurrada de informações infundadas.
É uma falácia dizer que o Sistema de Saúde Militar onera as contas do Governo do Estado.
Não é de hoje que as operadoras de saúde privadas praticam reajustes desproporcionais ou injustificados, que fogem aos limites estabelecidos pelo Código de Defesa do Consumidor e pela Agência Nacional de Saúde. Não é de hoje que as operadoras de planos de saúde frequentemente utilizam cláusulas abusivas em seus contratos, negando diversos serviços e procedimentos aos consumidores.
A verdade é que o sistema de saúde brasileiro está em colapso!
A quem interessa acabar com o Sistema de Saúde Militar?
Só defende o fim de um hospital militar quem não faz ideia do que significa viver na linha de frente da guerra urbana que assola o Rio de Janeiro. Quem enxerga como "privilégio" a assistência médico-hospitalar exclusiva a Policiais e Bombeiros Militares desconhece o risco permanente a que esses Guerreiros e Guerreiras - e suas famílias - estão expostos.
Repito: o Sistema de Saúde da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros não onera e nunca onerou as contas do Estado!!!
Para quem não sabe, o FUSPOM (Fundo de Saúde da Polícia Militar) é descontado mensalmente no contracheque do Policial Militar (Oficial/Praça/Ativo/Inativo) para que ele possa ser atendido nos hospitais e clínicas da Corporação, assim como o FUNESBOM (Fundo Especial do Corpo de Bombeiros), para os Bombeiros Militares. O desconto é voluntário e ínfimo, com relação aos outros planos de saúde, e cobre a maioria das especialidades médicas. São os recursos financeiros do FUSPOM e FUNESBOM que mantêm o Sistema de Saúde da PMERJ e CBMERJ, Ativo e Vivo!
Há outros temas tão urgentes e necessários que precisam ser debatidos, como, por exemplo, o não pagamento da GRAM e da Recomposição Salarial, direito legítimo dos Veteranos, Pensionistas e Sequelados da PMERJ e do CBMERJ.
Vocês estão lidando com homens que nunca tremeram em frente aos fuzis inimigos, nem aos bancos de depoimento jurídico.
DEIXEM A POLÍCIA MILITAR E O CORPO DE BOMBEIROS TRABALHAREM EM PAZ! QUEM PROTEGE A POPULAÇÃO TAMBÉM DEVE SER PROTEGIDO!
José Maria de Oliveira. Coronel Veterano da Polícia Militar do Rio de Janeiro e atual presidente da Associação de Oficiais Militares Estaduais do Rio de Janeiro (AME/RJ).
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