Três outsiders a serem observados na Copa do Mundo de Clubes
27/06/2025 às 10:09 Ler na área do assinanteA Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 está pronta para ser a maior edição do torneio até hoje. Com 32 times e sediada nos Estados Unidos, essa competição de verão reúne campeões continentais e clubes de alto desempenho de todos os cantos do mundo. Embora o foco esteja inevitavelmente nos gigantes da Liga dos Campeões — Real Madrid, Bayern de Munique e o recém-coroado campeão europeu Paris Saint Germain —, muitas vezes há mais intriga nos times que atuam fora dos holofotes.
Neste artigo, destacamos três equipes que podem não estar entre as favoritas antes do torneio, mas são mais do que capazes de ganhar as manchetes neste verão. Passar despercebidas pode funcionar a seu favor, especialmente com o novo formato, que introduz mais imprevisibilidade e oportunidades para surpreender aposta. Esses clubes podem não ter o mesmo hype dos gigantes europeus, mas têm as ferramentas — e o pedigree — para chocar o torneio.
Al Ahly (Egito)
O currículo do Al Ahly merece mais respeito global. Como único clube profissional a conquistar três títulos continentais durante o período de qualificação de quatro anos, seu domínio consistente no futebol africano é incomparável. No entanto, apesar desse pedigree, eles entram na Copa do Mundo de Clubes com pouca repercussão fora da África.
Isso pode ser um erro caro. O Al Ahly está acostumado às exigências deste torneio, tendo vencido partidas em cinco edições consecutivas da Copa do Mundo de Clubes no formato anterior. Notavelmente, conquistou vitórias sobre adversários respeitados como Monterrey e Seattle Sounders, mostrando que pode competir com times do México e da MLS.
Embora não possa se orgulhar de estrelas reconhecidas mundialmente ou jovens talentos chamativos, a força coletiva, a disciplina e o know-how em torneios do Al Ahly o tornam uma ameaça real. Em um ambiente de mata-mata, poucos times vão gostar de enfrentar o 11 vezes campeão africano.
Flamengo (Brasil)
O Flamengo não é estranho ao palco da Copa do Mundo de Clubes. Vice-campeão contra o Liverpool na final de 2019, o gigante do Rio de Janeiro está de volta com um time repleto de experiência, qualidade e ambição. Embora não tenha o mesmo hype dos melhores da Europa, a profundidade do elenco do Flamengo e a mistura do talento sul-americano com a inteligência europeia fazem dele um sério candidato — e um pesadelo para quem o subestimar nas apostas de futebol.
Os fãs do futebol brasileiro estão familiarizados com nomes como Giorgian De Arrascaeta, Pedro e Gerson. Aqueles mais ligados aos campeonatos europeus reconhecerão os experientes zagueiros Alex Sandro e Danilo, sem mencionar o técnico Felipe Luís, ex-lateral do Atlético de Madrid que trouxe perspicácia tática e mentalidade vencedora para o banco de reservas.
O Grupo D, onde o Flamengo enfrentará Chelsea, LAFC e ES Tunis, não será fácil. Mas o Flamengo tem talento para liderá-lo — e talvez ir ainda mais longe. Descartá-los é por sua conta e risco.
Benfica (Portugal)
O Benfica é um dos grandes clubes históricos da Europa — uma equipe com uma história rica e uma fábrica de talentos de nível mundial. Mas, como muitos clubes de ponta, seu sucesso muitas vezes oscila de acordo com os jogadores que forma e vende. O elenco que ajudou o Benfica a se classificar para este torneio incluía estrelas que já deixaram o clube, como Darwin Núñez e Gonçalo Ramos. No entanto, embora alguns de seus melhores jogadores tenham seguido outros caminhos, o Benfica continua repleto de potencial.
O elenco atual conta com talentos promissores e profissionais experientes, capazes de estar à altura do desafio. Talvez o mais intrigante seja Ángel Di María — que começou sua jornada europeia no Benfica — estar pronto para o que pode ser sua última aparição em um palco mundial. Isso por si só já dá um peso emocional extra à campanha do time.
Embora o Benfica não tenha o poder de fogo dos times de elite da Liga dos Campeões, sua disciplina tática, experiência em torneios e brilhantismo individual podem levá-lo às fases eliminatórias — e talvez até mais longe.