Morre conhecido comunicador, ícone do jornalismo
28/06/2025 às 06:05 Ler na área do assinanteMorreu na noite desta sexta-feira (27), em Porto Alegre, o jornalista, cronista esportivo e professor Ruy Carlos Ostermann, aos 90 anos. A informação foi confirmada por familiares e pelo Hospital Moinhos de Vento, onde ele estava internado desde maio.
Segundo a filha Cristiane Ostermann, o quadro de saúde do comentarista se agravou após contrair dengue, o que desencadeou uma série de complicações como infecção urinária, edema pulmonar e, por fim, uma pneumonia que causou sua morte às 21h25. O velório está marcado para este sábado (28), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a partir das 10h.
Os clubes Grêmio e Internacional emitiram notas lamentando a perda. O Grêmio exaltou a elegância e competência de Ostermann como narrador das glórias do esporte nacional, enquanto o Internacional o reconheceu como um dos maiores comunicadores da história gaúcha.
Trajetória marcante na comunicação e no serviço público
Natural de São Leopoldo, Ostermann nasceu em 26 de setembro de 1934. Ao longo de uma carreira de mais de seis décadas, tornou-se referência no jornalismo esportivo brasileiro. Iniciou sua trajetória como cronista na Folha da Manhã e Folha da Tarde em 1962. Anos depois, assumiu o comando do departamento de esportes da Rádio Gaúcha e passou a integrar o consagrado programa Sala de Redação, onde permaneceu por 33 anos.
Com formação em Filosofia, Ostermann lecionou em escolas e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atuou também na política, exercendo dois mandatos como deputado estadual e ocupando os cargos de secretário de Ciência e Tecnologia e de Educação no governo de Pedro Simon.
Como escritor, foi autor de diversos títulos, incluindo o livro “Felipão, a Alma do Penta”, que narra os bastidores da conquista da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2002. Em 2024, lançou sua biografia, escrita pelo jornalista Carlos Guimarães.
Reconhecido como “O Professor”, sua figura se tornou símbolo do pensamento crítico no esporte e na cultura do Rio Grande do Sul. Ostermann participou da cobertura de 13 Copas do Mundo, entre 1966 e 2014, consolidando sua presença na história do jornalismo esportivo brasileiro.
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