O menino que sonhava ser jogador de futebol morre por inaceitável negligência de gestão de prefeita petista
05/07/2025 às 07:34 Ler na área do assinanteJoaquim Simch, conhecido carinhosamente como Joca, era um menino disciplinado, centrado e saudável. Recusava refrigerantes e doces. Tomava whey protein e treinava futebol seis vezes por semana. Sonhava em jogar profissionalmente.
"Ele parecia um senhor de 89 anos de tão correto", diz a mãe, Izabel Simch.
Joca havia sido convidado para integrar o time de futebol do Raça e disputava o Gauchão pelo Grêmio Ball. Morreu pensando no jogo do sábado.
A VIDA DE UMA CRIANÇA ABREVIADA POR NEGLIGÊNCIA
No dia 28 de maio, por volta das 3h da madrugada, Joca deu entrada na UPA do Cassino (Rio Grande-RS) com uma crise de asma. Conversava, sorria, e estava consciente. Às 7h, estava morto.
Segundo Izabel, Joca foi vítima de uma sequência absurda de decisões médicas.
Apesar da gravidade do quadro respiratório, a equipe médica se recusou a intubá-lo. Foi submetido a oxigenoterapia de baixo fluxo, que não supria sua falta de ar.
Mais grave: foi medicado com Haloperidol, um antipsicótico conhecido por causar depressão cardiorrespiratória.
Enfermeiras alertaram que o menino não aguentaria. Os pais imploraram para que fosse intubado.
A negativa persistiu e o resultado foi fatal.
"MEU FILHO FOI TORTURADO"
Em suas palavras, Izabel relata:
"O Joca não cansou de lutar. Ele foi impedido de lutar. Foi tortura. Ele foi morto por negligência e escolhas cruéis."
Prontuários revelam um amontoado de decisões médicas contestáveis. Enfermeiras teriam implorado para que ele fosse intubado. O médico se recusou.
Depois da morte, ele teria dito:
"A gente sabia que ele poderia cansar."
Informações obtidas mostram que o médico, sem saber como agir, telefonava pedindo ajuda a um colega do HU enquanto Joaquim agonizava.
MEDICOS SEM REVALIDA E O SILÊNCIO DAS "OTORIDADES"
A página Rio Grande em Foco (RGF) apurou que o médico responsável faz parte do programa Mais Médicos, formou-se no exterior e não possui o Revalida definitivo, exigido para atuar no Brasil. Age apenas com autorização provisória.
Izabel denuncia ainda que recebeu um telefonema da prefeita Darlene Pereira (PT) no dia 2 de julho, após o caso repercutir nas redes e na Câmara de Vereadores. A secretária de saúde, Juliana Acosta, jamais respondeu sequer uma mensagem.
A Prefeitura divulgou uma modesta nota de pesar. E só.
Parte da população está revoltada com o silencio da prefeita e sua equipe que está deletando em massa comentários sobre o caso.
O SILÊNCIO INSTITUCIONAL
A Prefeitura afirma que há sindicância em curso e que os dois médicos foram afastados. Mas até hoje nenhuma documentação foi apresentada.
Izabel nunca foi oficialmente informada de nada.
Segundo testemunhas, um dos médicos envolvidos segue atendendo em posto de saúde do município.
Diante da pressão pública, a prefeita Darlene telefonou para Izabel. Logo depois, bloqueou os perfis da Rio Grande em Foco nas redes sociais, assim como diversos usuários que estão cobrando satisfação sobre o caso.
SITUAÇÃO DAS UPAS EM RIO GRANDE É PIOR DO QUE PARECE
Enquanto mães enterram filhos e esperam respostas, outra decisão da gestão municipal (PT) de Rio Grande escancara o desprezo com o bem-estar da população.
Desde o dia 17 de junho, está proibido o uso de aquecedores, estufas ou qualquer equipamento similar nas dependências das UPAs e postos de saúde da cidade.
A ordem foi emitida pela secretária de Saúde, Juliana Acosta, a mesma que, segundo Izabel, nunca respondeu uma única mensagem após a morte de Joaquim.
A justificativa apresentada na Ordem de Serviço são riscos de incêndio, curto-circuito e sobrecarga elétrica.
A medida prevê responsabilização administrativa, civil e até penal para quem descumpri-la. E orienta que, se o frio for extremo, o caso deve ser comunicado à Coordenação, que, por sua vez, deve acionar a Diretoria Administrativa para “soluções cabíveis”.
Enquanto isso, a cidade registra temperaturas próximas de 5 °C — e, nas madrugadas, a sensação térmica nas UPAs beira o zero.
O CIDADÃO DE RIO GRANDE ESTÁ SENDO TORTURADO
A RGF recebeu relatos de pacientes e acompanhantes indignados com a nova regra.
Rosângela Neves de Barros, 37 anos, conta que ficou mais de 2 horas aguardando atendimento com a mãe, idosa de 86 anos e hipertensa.
"Ela foi diagnosticada depois com pneumonia. Ficamos no frio. Sem aquecimento. Sem acolhimento. Sem nada."
A indignação não é só dos pacientes. Profissionais de saúde também procuraram a redação da RGF, afirmando que a medida desconsidera completamente a realidade das unidades em dias de frio extremo.
A gestão petista nega conforto, dignidade e, em casos como do Joca, até o direito de lutar pela própria vida.
A interdição dos aquecedores é apenas mais um retrato de uma gestão do que prefere se blindar a ouvir.
Enquanto os gabinetes seguem aquecidos, a população é massacrada
RELATO NA INTEGRA DE IZABEL SIMCH, MÃE DE JOCA
"Hoje eu cansei, cansei de esperar alguma resposta, algum sinto muito ou qualquer solidariedade.
Nada nesse mundo vai trazer meu filho de volta, nada, mas esse silêncio me mata um pouco mais a cada dia.
Eu e o João estamos sobrevivendo mutilados, dilacerados, aos pedaços sem a parte mais doce da nossa vida.
Joca era uma criança doce, meiga, amiga, bom, o melhor ser humano que já conheci e ele foi TORTURADO dentro da UPA, pelas escolhas médicas; a crueldade do 'médico' que atendeu fica explícitas nas condutas adotadas, como por exemplo: oxigenoterapia em fluxo baixo (se não é tortura deixar uma criança de 9 anos com falta de ar com cateter de baixo fluxo eu não sei o que é), negativa expressa do 'médico' em intubar, utilização de HALOPERIDOL (tiro de misericórdia, medicação anti psicótica que gera depressão cardiorrespiratória).
A equipe de enfermagem não só implorou por intubação como alertou que o meu filho nao iria aguentar, eu e o pai dele também pedimos a intubacão e o 'médico' se negou; não bastando, esse cidadão, do alto de sua incompetência e de sua total irresponsabilidade, ao comunicar o óbito, falou claramente as seguintes palavras: 'a gente sabia que ele poderia cansar'!
Não, não foi o Joca que cansou, ele foi morto de forma cruel, foi impedido de lutar seja pela falta de intubação, seja pela medicação absurda que deram. E se sabiam que o meu filho poderia cansar, como foi verbalizado, é sinal de que o risco era de conhecimento, e mesmo assim, diante da percepção iminente de um desfecho trágico, a conduta médica escolhida foi a de desafiar a lógica que, para todos, era evidente. Isso é revoltante, houve crime, e as consequências legais devem ser impostas com o rigor necessário, embora nada vá trazer o meu filho de volta.
Meu filho foi torturado e morto dentro da UPA do Cassino e até hoje eu não recebi nenhuma resposta da Prefeitura do Rio Grande, que apenas se diz solidária em momentos em que eu não estou presente, enquanto isso minha alma sangra todos os dias."
BLINDAGEM DOS CULPADOS
Assim como no caso Carlinhos, no ano passado, absolutamente ninguém divulgou o nome dos médicos responsáveis pelas mortes desses garotos.
Eu vou buscar e divulgar se encontrar, assumo o fumo que for.
Está na hora da gente parar de ignorar o tanto de morte que acontece por negligência médica. Eles sempre saem ilesos enquanto mães enterram filhos Brasil afora.
Texto de Felipe Leme. Jornalista.
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