
Moraes toma nova decisão sobre o suposto "plano" para matar Lula, Alckmin e ele próprio
05/07/2025 às 19:20 Ler na área do assinante
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu estender por mais dois meses o inquérito da Polícia Federal que apura a suposta conspiração para impedir a posse de autoridades eleitas em 2022, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio Moraes.
A nova decisão, assinada nesta sexta-feira (4/7), atende a um pedido feito no início de junho pela PF, que solicitou mais tempo para concluir diligências ainda em andamento. Segundo o ministro, “considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes (...), prorrogo por mais 60 (sessenta) dias a presente investigação”, conforme previsto no Regimento Interno do STF.
Durante a apuração, os investigadores identificaram elementos que apontam o envolvimento de militares com treinamento nas Forças Especiais do Exército, popularmente conhecidos como “kids pretos”. O grupo teria elaborado um plano para monitorar e, em última instância, eliminar autoridades públicas, com o intuito de sabotar a transição de governo.
Os fatos investigados teriam ocorrido entre novembro e dezembro de 2022, quando Lula e Alckmin estavam eleitos, mas ainda não haviam tomado posse. O objetivo dos suspeitos, segundo a investigação, era impedir a concretização do novo governo por meio de ações violentas.
Em novembro de 2024, cinco suspeitos foram detidos preventivamente por envolvimento na trama: os militares Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo, além do general da reserva Mário Fernandes e do agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares.
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