A soberana hipocrisia de Lula: Critica Trump por levante em favor de Bolsonaro, mas pede liberdade para Cristina

07/07/2025 às 17:19 Ler na área do assinante

No mundo da política internacional, onde a coerência deveria ser um valor inegociável, Lula mais uma vez tropeça nos próprios discursos. Ao responder a uma crítica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil, Lula declarou em tom firme:

“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. [...] Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja.”

Bonito no papel, não fosse essa mesma figura ter recorrido à interferência internacional sempre que lhe foi conveniente.

Na semana passada, em visita à Argentina, Lula foi pessoalmente visitar sua velha aliada, a ex-presidente Cristina Kirchner, condenada por corrupção e hoje presidiária. Não satisfeito com o gesto simbólico, Lula defendeu abertamente sua liberdade, uma clara tentativa de deslegitimar o sistema judiciário argentino, exatamente o que agora critica quando parte dos holofotes se volta contra ele.

Mas a contradição não para por aí.

Lula recorreu à ONU para tentar anular as condenações que sofreu por corrupção e lavagem de dinheiro no Brasil em 2017. Pediu apoio da comunidade internacional. Foi saudado por lideranças de esquerda mundo afora como um “preso político”, tentando transformar crimes comuns em perseguição ideológica. A soberania brasileira, nesse caso, foi convenientemente colocada de lado.

Não bastasse isso, o mesmo Lula aplaudiu abertamente quando políticos de outros países o defenderam de suas condenações na Lava Jato. O ex-presidente francês François Hollande, o papa Francisco, além de diversos líderes do Foro de São Paulo, foram instigados a opinar sobre a “injustiça” cometida contra o líder petista, à época, um criminoso condenado em três instâncias por corrupção.

Agora, quando Donald Trump critica o que classifica como “caça às bruxas” contra Bolsonaro, Lula sobe no palanque da soberania nacional e da “não interferência”? A seletividade é gritante. A verdade é simples: para Lula, interferência externa só é um problema quando não o favorece.

Essa postura de Lula reforça o fato de que o sistema de justiça atualmente só funciona quando serve à esquerda. Quando a justiça age contra os seus, é “perseguição política”; quando age contra adversários, é “independência das instituições”.

Lula não defende a soberania brasileira  defende seus próprios interesses. Quando lhe convém, se apresenta como vítima do sistema e apela à comunidade internacional. Quando criticado, vira o paladino da não interferência.

O discurso de Lula não é uma defesa da democracia. É apenas mais um capítulo do seu cinismo político travestido de estadismo.

Henrique Alves da Rocha

Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.

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