O teórico da boa vontade. Um esquerdista à margem do pensamento em sua janela indiscreta

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O Brasil assiste assustadíssimo a quantidade de gente da esquerda que age por impulso e negligência, facilmente influenciada e manipulada, beirando a neurose, perfil este que o impede de perceber o que acontece à sua volta.

Com todas as ferramentas de conhecimento e informação à sua disposição, e os fatos acontecendo debaixo do seu nariz, eles se tornam verdadeiros zumbis culturais. Formam uma crosta de perversidade na sociedade, admitimos, sem a menor consciência disso, e, daí se sentirem, facilmente, em seres vitimizados de toda e qualquer natureza. 

Devem observar que trato aqui, neste artigo, de pessoas fragilizadas por convicções de terceiros, e não daqueles esquerdistas ungidos e consagrados publicamente pelo mau-caratismo. 

Carentes de autonomia intelectual, desprovidos de senso prático e com convicções combalidas por suas escolhas, o esquerdista conveniente será um ser descartável no futuro.   

Para ilustrar, ciente que milhões de brasileiros têm exemplos no próprio quintal, vou trazer à baila o caso que tenho dentro da minha própria esfera familiar, dando-me o direito de resguardar nome e parentesco, por motivos óbvios.

Tem gente muito próxima a mim que vive de teorias, de uma falsa benevolência incomum e de seus arroubos moralistas. É um esquerdista, senão por natureza, mas daqueles vulneráveis e submetidos à doutrinação, podemos dizer, um refém da hipocrisia, que vive recluso dentro de si mesmo.

À margem dele tem os autoprotegidos que se contentam em se afastar da política, lhes bastando, ainda, acatar e vislumbrar o beneplácito filosofal, se fazendo de sonsos, e que no fundo, se acham o máximo por não se envolver em querelas políticas. Mal sabem os incautos, que o seu NÃO é o SIM para a perversidade alheia, e, portanto, fomentam o mesmo discurso.

Viver de teorias filosóficas, ou ideológicas, não é o problema. A questão passa pelas vias que atravessam seu caminho, que podem ser positivas ou negativas.

A única percepção comum às filosofias de grandes pensadores, para qualquer um, é que elas são praticamente unânimes, em sua beleza e leveza de viver e praticar o bem, e em suas mensagens humanitárias, muitas vezes cristãs. Arrolam nas suas mensagens até grandes expoentes do espiritismo.

No mais, o grande obstáculo é a pessoa não se perceber como um não praticante das próprias teorias que professa, um casual. E sem noção, profana a própria alma. Diga que ele é um apologista do aborto ou da pedofilia, por exemplo, para você ver a reação dele. Solta os cachorros, mas não hora de apoiar um esquerdista mau-caráter, ele não pensa duas vezes. Cegamente, apoia e defende o tal sujeito. Então…

Vejamos estes dois polos das filosofias, e das teorias:

- De positivo, o desenvolvimento de novas ideias, uma compreensão mais profunda das complexidades da vida e a boa vontade motivacional de transformar a teoria na prática.
- Por outro lado, é no negativo que reside o perigo da incoerência. Se procrastinada no pensar e agir, causa inércia paralisante e incapacidade de praticar os princípios que a própria pessoa se propõe. Mas, o pior é o efeito, por sinal, devastador, para o moralista de varal; a pessoa se distancia da realidade.

Mas ele nunca conseguirá fugir da realidade, que se avizinha rapidamente, aliás, mesmo aqueles que lutam contra o esquerdismo conseguirá, pois um dia a realidade chega arrebatadora, cravando no coração dos arrogantes os erros do passado e o arrependimento do presente.

As gerações seguintes o perdoarão?

Foto de Alexandre Siqueira

Alexandre Siqueira

Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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