O DNA do desvio e a farsa da narrativa anti-imperialista do Lula

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Um relatório recente do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou um dado alarmante: a Presidência da República gastou mais de R$ 55 milhões com o cartão corporativo desde o início do governo Lula em janeiro de 2023. Desse total, mais de 95% dos gastos estão sob sigilo, o que impede qualquer controle público ou transparência. Uma afronta direta ao princípio da moralidade administrativa.

Os Números da Vergonha. Vamos aos cálculos para dimensionar esse abuso:

R$ 55 milhões em 31 meses (janeiro de 2023 até julho de 2025) resulta em R$ 1.774.000,00 por mês, em média.

Isso equivale a aproximadamente R$ 58.000 por dia, todos os dias, incluindo feriados, finais de semana e recessos.

Agora imagine, quase 60 mil reais por dia, pagos com dinheiro público, com 95% das despesas escondidas por sigilo. São cifras incompatíveis com a vida pública de um país que vive em constante crise fiscal, onde o cidadão comum é sufocado por impostos e serviços precários.

O vício do desvio faz arte do DNA de Lula. Não se trata de um episódio isolado ou de um desvio pontual. É um padrão. O uso do cartão corporativo como extensão do privilégio pessoal ou político é recorrente nos governos petistas. O discurso de combate às desigualdades e de preocupação com os pobres é desmentido pelas práticas luxuosas financiadas com o suor do povo.

Além disso, somam-se escândalos como o roubo bilionário no INSS, onde fraudes superam R$ 11 bilhões, revelando o total descontrole, ou cumplicidade, do governo com esquemas estruturados de corrupção.

A estratégia parece óbvia, criar uma cortina de fumaça com a narrativa Anti-EUA.

Em meio a esses escândalos internos, o presidente Lula tenta desviar o foco forjando um inimigo externo. Critica a taxação imposta pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros, como se fosse um ataque injusto ou ideológico. Na prática, tenta construir uma narrativa de "perseguição econômica" para disfarçar sua própria má gestão e corrupção institucionalizada.

A realidade é que a taxação americana segue critérios comerciais claros e não justifica a tentativa do governo brasileiro de posar como vítima. Isso é estratégia, usar o discurso antiimperialista como válvula de escape para abafar as denúncias internas, como o escândalo do cartão corporativo e o roubo ao INSS.

O governo Lula reedita a velha tática populista de acobertar escândalos internos com narrativas externas. Mas os números não mentem. R$ 55 milhões em gastos sigilosos, enquanto o povo luta para sobreviver, são a verdadeira face de um governo que faz do poder um instrumento de benefício próprio, e não da sociedade.

A corrupção não é acidente. É método. E está, infelizmente, no DNA desse governo.

Foto de Henrique Alves da Rocha

Henrique Alves da Rocha

Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.