Para os que achavam que o congresso fantasma brasileiro já não existia, hoje políticos do PL deram sinal de vida, em protesto contra a recente prisão domiciliar de Bolsonaro.

O ato teatral de travar os trabalhos do legislativo totalmente poderá ter alguma relevância caso se mantenha e seja contínuo.

Se acabar amanhã com tapinhas nas costas de Motta e Alcolumbre, significará apenas uma encenação, coisa que o brasileiro está exausto de ver.

Fato: a sociedade brasileira não acredita mais - se é que um dia acreditou - na raça dos políticos.

Outro fato é que a prisão de Bolsonaro é apenas o desfecho de ações da ditadura brasileira que existem desde 2019, no mínimo.

Ações que foram observadas por esses mesmos políticos num silêncio aviltante, covarde e omisso.

Políticos que, diga-se, eram os únicos - como supostos defensores da sociedade - que poderiam ter impedido a evolução e instalação da ditadura do judiciário no Brasil.

E nada fizeram.

O que gerou na população a justa sensação de que não servem para absolutamente nada.

Se acabar amanhã com abraços pragmáticos, terá servido apenas para lula e o sistema manterem sua farsa de 'democracia' - para inglês ver - ativa.

Como todo tiranete de republiqueta - Maduro, Ortega, Miguel Diaz-Canel - lula precisa manter em pé a fachada caricata da 'república democrática' para não ser desmascarado.

Eventos circenses na 'casa do povo' -não é piada- servem justamente para isso.

Alcolumbre e Motta, dois personagens no picadeiro, pularam nos tamancos e se pronunciaram gravemente sobre a obstrução, com o palavrório usual: o de que o congresso precisa retomar sua nobre atividade de lutar pelo bem estar dos brasileiros.

O que todos sabemos ser apenas uma lorota insossa, como diria minha avó.

Porque há muito o congresso já não serve pra nada, apenas para endossar, servil, as ordens do executivo e especialmente do judiciário.

A obstrução tentada hoje, se séria, pode ser um dos dois caminhos possíveis para o país e para os políticos provarem que existem para a sociedade.

O outro é fechar a lojinha do congresso e entregar a chave para seu novo dono, Moraes.

Coisa que, se suspeita, muitos desses parlamentares desejam secretamente.

Os próximos dias - e ações dos políticos - serão decisivos.