No meu livro Perdeu, Mané! Documentário, relato quando o Senado Federal, pela primeira e única vez, rejeitou nomes de indicados pelo presidente da república para compor o Supremo Tribunal Federal. Aconteceu no longínquo ano de 1894, portanto, há 131 anos. O presidente, à época, Marechal Floriano Peixoto, indicou cinco candidatos, e após sabatinados, foram rejeitados. São eles: o médico Cândido Barata Ribeiro, os generais Ewerton Quadros e Innocêncio Galvão de Queiroz, o advogado Antônio Séve Navarro e o diretor-geral dos Correios, Demosthenes da Silveira Lobo.   

Já são passados 131 anos sem que o Senado reprove um nome sequer. E oportunidade para isso, sabemos, os senadores tiveram. Não precisa ir tão longe para verificar quão ineptos e desprovidos de sensibilidade (para dizer o mínimo) são os senadores, no seu coletivo. Nomes como o de flávio dino, Dias Toffoli, Edson Fachin, Cristiano Zanin e, evidentemente, Alexandre de Moraes, não passariam nem na porta do STF. As razões são inúmeras!

Agora, quando se trata de impedimento de ministro da corte, a conversa muda, e o Senado federal pode, pela primeira vez em sua história, impedir um ministro da suprema corte, no sagrado voto.

E, com isso, tem a chance de redimir-se de seus erros. Dos atuais, até agora, 51 pedidos de impeachment de ministros que estão engavetados pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e de seu antecessor, Rodrigo Pacheco, não há a menor ilusão que um, pelo menos, um pedido seja pautado. Aliás, é um erro grotesco da legislação deixar uma decisão tão importante para a república nas mãos de apenas um senador.

Alcolumbre, sabemos bem, não é flor que se cheire quando se trata de cuidados com o país e com os brasileiros. O viés político, interesses partidários, corporativistas, quando não, interesses pessoais, ilustram bem sua postura, digamos, imoral! Seu antecessor, da mesma forma. (Meu Deus, tenho que respirar fundo para escrever sobre covardes e nefastos…) 

Para dobrar esse tipo de gente, só mesmo com muita pressão, de todos os lados, e se preciso for, usar do mesmo veneno, encostando-o na parede!

E que sejamos pragmáticos nesta hora! Ano que vem teremos eleições, e muitos destes senadores, que se acovardam, terão a resposta nas urnas. Vão receber um sonoro e gritante NÃO aqueles que se negarem à justiça!

Nesta oportunidade ímpar para o Senado Federal quebrar esse tabu de nunca ter enxotado um ministro do STF, que Deus dê sabedoria, coragem e resistência aos senadores da república.

O Brasil agradece!   

Você pode encontrar o livro Perdeu, Mané!  no link abaixo:

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