Em nome da "democracia": de Robespierre à Alexandre de Moraes

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Maximilien Robespierre ficou marcado na história como o “incorruptível” da Revolução Francesa, mas também como o líder implacável do período do Terror. Em nome da “virtude” e da “democracia”, ele perseguiu opositores, calou vozes dissidentes e mandou para a guilhotina tanto inimigos declarados quanto antigos aliados. Sua lógica era simples: qualquer um que divergisse de suas ideias deveria ser silenciado ou eliminado. O resultado foi uma espiral de autoritarismo que mergulhou a França em medo, censura e violência.

Séculos depois, no Brasil, vemos uma figura que muito se assemelham ao francês: o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Sob o pretexto de defender a democracia, ele concentra em suas mãos poderes cada vez maiores, manda prender opositores, cala vozes nas redes sociais, censura jornalistas, políticos e até cidadãos comuns. Assim como Robespierre, Moraes se coloca como o árbitro único do que é “verdade” e do que é “mentira”, como se tivesse autoridade para decidir quem pode falar e quem deve ser silenciado.

A semelhança não para aí. Robespierre, em sua ânsia de controlar tudo e todos, acabou despertando o medo e o ódio até entre seus aliados. No dia em que perdeu apoio, foi rapidamente deposto, preso e guilhotinado. Sua queda foi tão abrupta quanto seu período de poder absoluto.

A "guilhotina" dos dias atuais no caso de um ministro do STF é chamada de "impeachment".

A história mostra que nenhum regime de censura e perseguição resiste para sempre.

Foto de Henrique Alves da Rocha

Henrique Alves da Rocha

Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.