O escândalo político e jurídico provocado por Paulo Gonet
26/08/2025 às 08:27 Ler na área do assinanteAs contradições na acusação da PGR contra o ex-assessor da Justiça Eleitoral, Eduardo Tagliaferro, expõem um desrespeito completo ao devido processo legal.
A denúncia de Paulo Gonet contra Eduardo Tagliaferro, ex-assessor da Justiça Eleitoral, é um escândalo jurídico e político. O procurador-geral acusa-o de violação de sigilo funcional e até de “tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, por supostamente divulgar “fake news” que abalam a confiança na Justiça.
O problema é evidente: se os diálogos revelados fossem falsos, não haveria quebra de sigilo. Mas, se são verdadeiros, não se pode falar em “fake news”. A lógica da acusação simplesmente não se sustenta.
Há uma série de outras irregularidades no processo contra o ex-assessor da Justiça Eleitoral: pode Moraes, sendo o alvo das denúncias, ser ao mesmo tempo o autor do pedido de investigação e o relator do caso? Por que Tagliaferro é investigado no Supremo se não tem foro privilegiado? Como ele poderia ter cometido uma “tentativa de golpe” — e ainda por cima com violência? Não há que se falar em sigilo funcional quando há potenciais abusos sendo cometidos. Na verdade, nesses casos, é obrigação de qualquer servidor fazer uma denúncia.
Tagliaferro nega ter vazado as mensagens — limitou-se a confirmar a autenticidade quando jornalistas o questionaram, afirma. E as mensagens são devastadoras: revelam o assessor mais próximo de de Moraes pedindo que fossem levantadas “todas essas revistas golpistas para desmonetizar nas redes”, enviando como exemplo a Revista Oeste, um veículo com linha editorial conservadora.
A resposta de Tagliaferro foi que só encontrou “publicações jornalísticas”. O juiz auxiliar retrucou: “Use a sua criatividade… rsrsrs”. E completou: “Pegue uma ou outra fala, opinião mais ácida… o Ministro entendeu que está extrapolando”. Ao que Tagliaferro respondeu: “Vou dar um jeito rsrsrs”.
Num segundo lote de mensagens, divulgado por Michael Shellenberger e David Agape, a gravidade se aprofunda: o gabinete de Moraes teria pedido uma triagem ideológica das redes sociais de presos em 8 de janeiro para definir quem deveria ser solto — inclusive com “certidões positivas” para aqueles que, anos antes, haviam criticado o PT ou Lula. Num caso, um simples ambulante foi fichado por críticas feitas ainda em 2018, e permaneceu preso por quatro meses.
Após essa segunda leva de revelações, o processo contra Tagliaferro foi acelerado e até sua extradição da Itália passou a ser perseguida.
Em qualquer democracia madura, tais diálogos resultariam em investigação séria sobre abuso de autoridade. No Brasil de hoje, porém, não se apura a denúncia: persegue-se o denunciante. Esse é o retrato mais fiel do regime de censura e perseguição política em curso no país.
Leandro Ruschel.
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