Após ter a restrição de uso das redes sociais parcialmente revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) voltou a se manifestar publicamente neste fim de semana. Em transmissões no YouTube e no Instagram, ele negou a existência de um suposto “acordão” para flexibilizar as medidas cautelares que enfrentava.

Na última sexta-feira (29/8), o ministro Alexandre de Moraes autorizou a suspensão parcial das restrições, que incluíam bloqueio de contas bancárias, uso de tornozeleira eletrônica e impedimento de acessar redes sociais. A decisão coincidiu com o protocolo de um pedido de afastamento temporário do mandato feito pelo senador ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O gesto foi interpretado nos bastidores como parte de um acordo político.

Do Val, no entanto, negou categoricamente a versão.

“Não houve ‘acordão’. Eu sequer me comuniquei com Alexandre [de Moraes], nem oficialmente, nem por documento. Quem tratou tudo foi a advocacia do Senado e Davi Alcolumbre, como presidente do Congresso”, afirmou durante uma live.

Segundo o parlamentar, o afastamento foi solicitado por razões pessoais. Ele explicou que não via a família havia seis meses e que a decisão de pedir licença foi acompanhada de laudo médico atestando a necessidade de cuidar da saúde.

“A primeira coisa que eu fiz foi pedir à dra. Gabriela [Gabrielle Tatith Pereira, advogada-geral do Senado] que incluísse, pelo menos, 30 dias de licença porque eu precisava ficar com a minha família”, declarou.

Na noite de sábado (30/8), Do Val publicou um vídeo treinando em uma esteira e praticando tiro. No post, reforçou que não aceitou qualquer acordo político e garantiu que voltará ao Senado em breve.

“Tempo de retomar os treinos, cuidar da minha saúde e da minha família. Em alguns dias, estarei no Senado renovado e ainda mais combativo. ‘Acórdão’? Não negocio a minha honra e nem a minha história!”, destacou.

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