Na reta final antes do julgamento do chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista, marcado para começar nesta terça-feira (2), advogados de defesa intensificaram a movimentação nos gabinetes dos cinco ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é apresentar memoriais resumidos e reforçar os pedidos de absolvição ou, ao menos, de aplicação de penas mais brandas.

Entre os ministros já visitados estão Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, além de Alexandre de Moraes, relator do processo, Luiz Fux e Flávio Dino. Apenas Dino ainda tem encontros previstos para esta semana.

Os principais representantes nessa maratona de despachos são os advogados de figuras centrais no processo: Matheus Milanez, defensor do general Augusto Heleno; Eumar Novacki, advogado de Anderson Torres; Andrew Fernandes, representante de Paulo Sérgio Nogueira; e o casal Cezar e Vânia Bitencourt, que defende o tenente-coronel Mauro Cid, delator da investigação.

A estratégia, iniciada ainda na segunda quinzena de agosto, consiste em entregar memoriais — versões condensadas das teses jurídicas — e dialogar diretamente com os magistrados. Fontes próximas às defesas afirmam que a intenção é esclarecer pontos-chave antes do início das sustentações orais no plenário.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), já teve sua equipe recebida por Moraes, Zanin e Fux, enquanto o encontro com Flávio Dino está agendado para os próximos dias.

No banco dos réus, além de Cid, Heleno, Torres e Nogueira, também figuram o ex-presidente Jair Bolsonaro, os generais Walter Braga Netto e Almir Garnier, além do deputado Alexandre Ramagem.

• URGENTE: Às vésperas do julgamento de Bolsonaro, conteúdo é lançado e promete impactar o "sistema"

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