
Vaza Toga revela que “gabinete paralelo” elaborava relatórios contra jornalistas que opinião não agradava
02/09/2025 às 08:13 Ler na área do assinante
Conversas entre integrantes do chamado "gabinete paralelo" do ministro Alexandre de Moraes mostram discussões sobre medidas contra jornalistas em 2022.
As mensagens, obtidas na segunda-feira (1), fazem parte do caso "Vaza Toga" e incluem trocas via WhatsApp entre o juiz auxiliar Airton Vieira e Eduardo Tagliaferro, que chefiava a Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do TSE naquele período.
Em 22 de novembro de 2022, Vieira compartilhou um vídeo do jornalista Rodrigo Constantino, que criticava ações do TSE contra o que o tribunal classificava como "desordem informacional". Após compartilhar o conteúdo, Vieira escreveu: "Vamos bloquear tudo desse cara e prever multa".
Tagliaferro questionou qual justificativa deveria constar no relatório contra Constantino. Vieira respondeu que telefonaria para explicar como elaborar o documento e posteriormente reforçou: "Bloqueio e multa pelo STF. Capriche no relatório".
Constantino, ao ser informado sobre as mensagens, declarou:
"É uma sensação de constatar aquilo que eu já sabia, mas agora com provas, de que eu fui um alvo selecionado por estar incomodando com minhas opiniões e que eu fui perseguido de forma implacável. Primeiro selecionaram o alvo e depois criaram o pretexto. Não acharam nada, tiveram que criar uma narrativa".
Em 5 de dezembro de 2022, os integrantes do grupo reconsideraram a decisão de bloquear as contas de Constantino. Eles avaliaram que a medida poderia gerar repercussão negativa e discutiram apenas a desmonetização das contas do colunista.
O grupo também discutiu ações contra o jornalista Guilherme Fiuza. Em 27 de dezembro, Tagliaferro enviou um relatório sobre Fiuza com a observação: "Esse não precisou de muito para se comprometer". Marco Antônio Vargas aprovou a mensagem e mencionou que Fiuza possuía "vários posts golpistas". Tagliaferro concluiu: "Vamos mandar bala".
As assessorias do STF, do TSE e do TJ-SP foram contactadas para questionamentos sobre o conteúdo das mensagens, mas não responderam.
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