Detida na Itália desde 29 de julho, a deputada Carla Zambelli redigiu uma carta em que afirma ter sido alvo de perseguição do ministro Alexandre de Moraes por sua atuação contra a indicação dele ao Supremo Tribunal Federal (STF). O documento, escrito em 3 de setembro, foi obtido pela imprensa.

No texto, Zambelli relata que, à época da nomeação de Moraes, buscou o então presidente Michel Temer com o objetivo de convencê-lo a desistir da escolha. Ela afirma que também se reuniu com ativistas e colegas políticos para tentar impedir a indicação.

“Aos brasileiros todos, ontem o depoimento do Sr. Tagliaferro, vítima de perseguição política e assédio psicopático dentro de seu trabalho. Com seu depoimento, provou mais uma vez que Alexandre de Moraes queria a minha cabeça desde quando falei de sua ficha e me encontrei com [o então presidente] Temer e com colegas ativistas para não indicá-lo ao STF”, escreveu.

Na carta, a deputada reforça que considera sua condenação fruto de perseguição política.

“Com isso, só provamos cada vez mais a minha inocência! Espero e estou confiante de que conseguirei provar que isso não passou de perseguição política e que sou inocente. E se tiver que passar por tudo o que estou passando para ajudar o Brasil a ser um país livre e democrático, podem contar sempre comigo. Deus está me dando forças! Ele é meu pastor e nada me faltará. Amo o Brasil, amo os brasileiros”, completou.

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