Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entraram nesta sexta-feira (5) com um novo pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o vice-presidente do Partido Liberal, Bruno Scheid, tenha autorização para visitar livremente o líder político em sua residência, onde cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto.

A solicitação foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, e marca a segunda tentativa em menos de três semanas de assegurar acesso contínuo a Scheid. A defesa pede que as visitas ocorram sem necessidade de autorizações judiciais específicas, eliminando restrições de datas e horários.

No documento, os advogados justificam a medida alegando que a proximidade pessoal e política de Scheid com Bolsonaro o torna fundamental para auxiliar nos cuidados diários.

“O Sr. Bruno Scheid, além de sua posição política, mantém com o Peticionante [Jair Bolsonaro] e sua família estreita relação de amizade, circunstância que o levou a prestar apoio contínuo mesmo antes do atual quadro de saúde”, afirmaram.

O texto ainda destaca que a colaboração de Scheid seria importante diante da sobrecarga enfrentada pela ex-primeira-dama ao conciliar suas atividades com a assistência ao marido.

Essa não foi a primeira tentativa de flexibilizar as visitas. Em 15 de agosto, a defesa já havia requerido o acesso de Scheid e de outras figuras de destaque do PL, como Valdemar da Costa Neto, presidente da legenda, além do deputado Altineu Côrtes, vice-presidente da Câmara, do senador Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, do deputado Sóstenes Cavalcante, líder da oposição na Câmara, e da deputada Carolina De Toni.

Na ocasião, os advogados argumentaram que a convivência de Bolsonaro com esses aliados é “frequente e necessária, considerando seu papel no núcleo político mais próximo deste”.

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