Revolução no Nepal, impossível não fazer analogia com o quadro atual do Brasil

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Impossível não achar completa analogia entre a situação da pré-revolução no Nepal e o quadro atual no Brasil.

Lá o presidente, era comunista, incompetente e profundamente corrupto. Como no Brasil!

O estamento político era igualmente incompetente, venal e absolutamente corrupto. Como o do Brasil!

As famílias dos políticos, inclusive a do presidente, nadavam em dinheiro público. Como no Brasil!

O presidente comunista do Nepal finalmente resolveu censurar a internet (Perdão! Censurar não, “controlar” apenas, para salvar as criancinhas!) e impor a versão oficial única da realidade ao povo. Como no Brasil!

Os filhos dos políticos eram cognominados “nepokids”, crianças do nepotismo! A palavra nepotismo designa a prática criminosa de favorecer parentes e pessoas próximas para a ocupação de cargos da administração pública. Nepotismo é o que mais se vê no estamento político e judiciário brasileiro.

Pode-se estender o conceito de nepotismo para a nomeação de cúmplices do presidente de plantão para a Corte Suprema e demais Cortes Superiores. Foi dentro deste conceito de cumplicidade e nepotismo que o STF, por exemplo, foi totalmente aparelhado, como mostram os seguintes exemplos:

Cristiano Zanin, afilhado e ex-advogado de Lula e colocado por este no STF;
Dias Toffoli, ex-advogado do PT e togado por Lula;
Flávio Dino, ex-ministro da Justiça de Lula, togado por este para o STF;
Carmén Lúcia togada por Lula por sua simpatia pelas esquerdas;
Luís Roberto Barroso, togado por Dilma após este ter defendido o assassino comunista Cesare Battisti e publicado um artigo em favor da redução de pena dos implicados na ação penal 470, o processo do Mensalão;
Alexandre de Moraes, ex-ministro da Justiça de Temer, togado por Temer em agradecimento a serviços de Moraes, em um caso de chantagem contra a esposa de Temer, Marcela Temer.
Gilmar Mendes, ex-chefe da AGU de FHC; togado por este.

Só aí, temos sete dos noves ministros do STF, lá colocados por razões nada republicanas do presidente de plantão. Desses, três togados por Lula (Zanin, Dino, Carmén Lúcia) e um por Temer (Alexandre, o Mínimo) estão “julgando” Jair Bolsonaro, em uma farsa, verdadeiro circo, com cartas marcadas. Os votos condenatórios (quatro, pelo menos), presumo, estavam escritos antes mesmo do “julgamento”.

Mas, o Nepal não é o Brasil! Lá, mesmo fazendo fronteira com a China, um presidente comunista corrupto foi alijado do governo. No Brasil, um presidente bem mais corrupto do que o do Nepal continua – embora rejeitado pela esmagadora maioria dos brasileiros – firme e forte na Presidência, escudado por uma Corte Suprema – e por um Congresso nada republicano – totalmente desconectada da Constituição e das leis da República. Trata-se, na realidade, de uma corte profundamente odiada e execrada pelo povo trabalhador e honrado do Brasil.

Para ilustrar melhor o que ocorre no Nepal, adiciono o seguinte vídeo:

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC – Agraciado com uma ‘Honorary Session’, por suas contribuições ao campo da Dinâmica, pelo Comité de Dinâmica da ABCM no XII International Symposium DINAME, 2007—Ex-Coordenador de Pós-Graduação das Engenharias III da CAPES/MEC - Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.