A expressão dominante da atual ditadura pós-2022 - Soberania

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Após a surpreendente vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, que pegou de surpresa a todos, em especial a classe política dominante àquela altura, representada pelo, então, presidente Michel Temer, vice da Dilma Rousseff, que assumiu a presidência após o impedimento da petista em 2016. 

Às favas o acordo com a falsa direita tucana, após duas eleições de FHC, seguida por dois mandatos do petista Lula, a quebra do troca-troca no poder se deu a partir de 2010 com a eleição e reeleição da Dilma. Os tucanos ficaram a ver navios.

Mas a vingança não tardou. Explodiu a Lava-Jato no país, e no final, o seu líder maior foi condenado e preso. Mas a história não termina aí. Com a vitória de Bolsonaro em 2018, a alternativa foi o retorno do conluio petecano. E para isso a movimentação política arregimentou todos os setores, de sociais a políticos, inclusive, de instituições, outrora republicanas, que foram cooptadas pelo movimento para derrubada do líder da direita. A cereja do bolo foi a inacreditável adesão de Alckmin nas palafitas do lamaçal da esquerda. Incrível! Hoje o país e o mundo sabem o que vem ocorrendo.

Bem, porque trago esta introdução? O petismo, tal qual os ensinamentos do socialismo radical, aprendeu desde os tempos do sindicalismo lulista a trabalhar com expressões e temáticas inflamadas por discursos populistas, onde frases de efeito eram uma arte. Era o discurso do proletariado, abrindo a série da divisão da sociedade, do nós contra eles. A “luta” do trabalhador contra a elite era o ponto alto, o que aglutinava multidões nas ruas. De lá pra cá, a divisão se esmerou por várias camadas da sociedade, mas o pano de fundo sempre foi a criação do debate travestido de justiça social.

Nos últimos anos, a figura dos paladinos sociais percorre o país, de ponta a ponta, com toda uma engrenagem bem azeitada para dar um verniz de realidade, frágil, mas bem envernizada por pseudo-heróis defensores da democracia, da liberdade, da justiça social, enfim… O termo da moda, hoje, é a soberania! Que lindo, não? Todos falando a mesma língua; judiciário, instituições públicas, executivo, imprensa, todos unidos por uma causa.

Ainda que as contradições sejam corriqueiras, eles continuam agindo numa normalidade constrangedora. Lula que defende o regime de Maduro na Venezuela, chegando a falar em democracia relativa, agora dá ataques de pelanca clamando por soberania dos países, ao ver manobras militares americanas na costa do país bolivariano. Mas para ir à Argentina pedir por “Kirchner libre” e se contrapor ao Estado de Israel na luta contra o terrorismo, não há de se falar em respeito à soberania portenha e israelense. 

E, agora, com o próprio Brasil sendo alvo de severas punições americanas contra o regime ditatorial do nosso judiciário, com aberrantes violações da liberdade de expressão e dos direitos humanos, não se fala em outra coisa senão “à defesa de nossa soberania”.

Sob o discurso da soberania, a esquerda avançou para cima dos conservadores ao ver uma bandeira americana nas manifestações do último domingo, em plena avenida Paulista. Da minha parte, classifiquei num post meu no X, que aquele que entra na onda é um oportunista burro ou um oportunista mau-caráter. No cadafalso da contradição personalizada da esquerda, quando a bandeira é do Hamas que governa a Palestina, não tem problema! 

E foi num texto do jornalista e escritor Ray Cunha que encontrei uma análise histórica e certeira sobre o radicalismo da arte discursiva da esquerda do momento; eis a soberania.   

  

Esquerdopatas confundem soberania com ditadura totalitária. Somos todos americanos

O povo agradece aos EUA a guerra contra o crime organizado

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 9 DE SETEMBRO DE 2025 – Em 1961, o presidente John Fitzgerald Kennedy, do Partido Democrata, que abriga os comunistas americanos, criou a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development – Usaid), a maior instituição oficial de ajuda humanitária do planeta, que passou a despejar trilhões de dólares para ajudar mais de 100 países em dificuldade.

Os comunistas foram, aos poucos, aparelhando o órgão, para usarem o gordo orçamento da agência, repassando verba para ONGs e agentes, em todo o planeta, visando à lavagem cerebral e ideologização nas escolas e universidades, compra de jornalistas, censura da Direita, promoção de identidade de gênero para crianças e de aborto, desarme da população, destruição da família e das religiões, e criar anarquia e instalar ditaduras comunistas, o Estado totalitário, com o objetivo de escravizar as populações e instalar um regime global totalitário.

A coisa começou a engrossar no governo dos democratas Bill Clinton (1993-2001) e Barack Hussein Obama II (2009-2017). Em 16 de junho de 2009, foi criado o Brics, clube de países formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Depois, aglutinou o Estado terrorista do Irã, entre outros países. Missão: derrubar os Estados Unidos – começando por criar uma moeda que minasse o dólar –, invadindo e instalando ditaduras na Ibero-América, principalmente no Brasil.

O presidente democrata Joe Biden (2021-2025) intercedeu por Lula da Silva nas eleições à Presidência da República, em 2022, no Brasil, onde os comunistas, infiltrados nos três poderes, tiraram Lula da Silva da prisão e limparam sua ficha. Em 16 de agosto de 2022, Alexandre de Moraes assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até 3 de junho de 2024, quando foi substituído pela ministra Cármen Lúcia.

Lula da Silva já estava com passe livre para disputar a presidência da República contra Bolsonaro, que tentaria a reeleição, e Joe Biden deu sinal verde no Brasil para a censura e prisões políticas. O TSE costurou a boca de Bolsonaro e dos bolsonaristas. A imprensa, principalmente a TV Globo, fez campanha cerrada a favor de Lula, inventando tudo o que não presta contra Bolsonaro, que estava proibido de se defender.

Para calar a Direita, Biden usou até a Central Intelligence Agency (Agência Central de Inteligência – CIA), apoiando o establishment da Esquerda. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, se tornou, então, acusador, policial, carcereiro, juiz e carrasco de jornalistas e parlamentares.

Para suceder Biden, os democratas lançaram a então vice-presidente dos Estados Unidos, a esquerdopata Kamala Harris, com a missão de enterrar de vez a Direita mundial. Mas em política tudo pode acontecer. E aconteceu. Quem ganhou as eleições foi o maior líder da Direita em todos os tempos: Donald Trump, do Partido Republicano. Trump fechou a Usaid, está aplicando tarifaço e a Lei Magnitsky a torto e à direita, e qualifica o crime organizado como terrorista, no que se enquadram as máfias brasileiras, que dão as cartas no governo Lula da Silva.

Os esquerdopatas confundem soberania com ditadura. Como diz a Wikipédia: “Soberania é o poder supremo e independente que um povo ou um Estado possui para governar a si mesmo, sem subordinação a nenhuma outra autoridade externa. No âmbito interno, significa o poder de criar leis e tomar decisões sem interferências, enquanto, no externo, envolve a capacidade de se relacionar com outros Estados em pé de igualdade.

Mas o conceito evoluiu, acompanhando a evolução da Humanidade. Hoje, nas democracias, não há mais o poder de um governante sobre o povo; o que há é o poder do povo (soberania popular) sobre si mesmo, dentro do arcabouço das leis.

Também, o poder absoluto do Estado soberano é limitado pela globalização, por organizações internacionais e pelo poder financeiro, tecnológico e militar. Sem tecnologia, um país está à mercê de outros países, caso do Brasil, que não investe em tecnologia, inteligência e armas. Nesse aspecto, o Brasil não é soberano. Está a mercê do ditador.

O povão acha que soberania é natural. Não! É apenas um conceito. O povo acredita nas mentiras de Lula da Silva, amplificadas pela TV Globo e imprensa adestrada, quando ele rosna e ofende Donald Trump, dizendo que o loirão é uma besta com pose de xerife do mundo. E é xerife.

No 7 de Setembro de 2025, uma gigantesca bandeira dos Estados Unidos foi estendida na Avenida Paulista, em agradecimento a Donald Trump, que tanto tem feito para enterrar a ditadura da toga.

Milhões de manifestantes foram para as ruas, em todo o Brasil, pela anistia das centenas de presos políticos no país, que sofrem espancamento e estão morrendo por falta de atendimento médico; pelo impeachment de Lula da Silva e de Alexandre de Moraes; e por urnas auditáveis.

Também na Avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, chamou Moraes de tirano e ditador, e defendeu a inocência e a anistia de seu mentor político, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, afirmando que “é essencial que Bolsonaro seja eleito em 2026”.

Bolsonaro é acusado de liderar um golpe de Estado. O golpe: uma manifestação pacífica na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, e Bolsonaro não estava sequer no Brasil, mas nos Estados Unidos. A prova: delação obtida sob tortura de Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel da ativa do Exército Brasileiro, ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. Depois da delação sob tortura, ele desmentiu tudo.

Alexandre de Moraes e seus pares querem aplicar uma sentença de 40 anos de cadeia para Bolsonaro. A ideia, segundo o próprio Bolsonaro, é matarem-no na cadeia, já que ele foi esfaqueado por um militante da Esquerda quase até a morte e as sequelas do esfaqueamento minaram sua saúde.

Mas mesmo que consigam assassinar Bolsonaro, a Direita, no Brasil, está disposta a tudo para impedir a instalação de uma ditadura no país, e, agora, conta com a ajuda da Direita dos Estados Unidos.

Foto de Alexandre Siqueira

Alexandre Siqueira

Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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