
Mais um esquerdista histórico desnuda a farsa do regime lulopetista
12/09/2025 às 07:41 Ler na área do assinante
O ex-deputado Roberto Freire, que, sabidamente, nunca foi de direita, denuncia a desonestidade do discurso esquerdista. Fazendo lembrar que Lula e Dilma governaram o Brasil por 17 dos últimos 25 anos, ele usa de ironia para criticar o lulopetismo dizendo:
"E o nosso atraso é culpa, apenas, dos outros governos... isso é muito cinismo!".
Aos mais jovens convém informar: em 1989, Roberto Freire foi candidato a presidente pelo Partido Comunista. Hoje, apesar de suas raízes, só por ter ousado criticar as "trapalhadas" e a demagogia do governo, é tachado de fascista por gente que se apresenta como democrata.
A fala de Roberto Freire vem desnudar duas características da esquerda: a de reduzir a realidade a narrativas e a de transferir a culpa de seus próprios erros aos adversários.
A retórica populista não tem compromisso com a verdade. Pelo contrário, objetivando manipular a opinião pública, é articulada de modo a propagar crenças, amestrar o pensamento, ofuscar a percepção da realidade e obter uma submissão incondicional da massa para manutenção do poder.
Para o esquerdismo, a culpa de todo mal que aflige o Brasil é dos ricos, do agronegócio, dos Estados Unidos, do governo anterior e até da Odete Roitman - jamais de quem está hoje no poder.
Ora, as estatais voltaram a ser deficitárias, a dívida pública cresceu brutalmente, o desvio de dinheiro da conta dos aposentados deslanchou neste governo chegando a proporções astronômicas etc., mas toda a culpa é do governo anterior e - oh, sim! - dos conservadores.
O que vale é a retórica, a lábia, o discurso espertinho, é ter caradura para projetar suas próprias indignidades nos outros, que serão sempre culpados pelos fracassos do governo.
Domina-se o pensamento manipulando palavras. Expressões como "fascista", "conservador", "elites" etc., usadas para atacar opositores, não passam de clichês. Esvaziadas de significado, comunicam só pelo tom raivoso com que são ditas. Um exemplo gritante na história é o de Trótski, obcecado comunista-raiz: como ousou divergir de Stalin, então dono do poder, foi fichado como "fascista" e morto a golpes de picareta. (Eis, alias, como eram as coisas na União Soviética que Putin quer ressuscitar.)
É nessa lógica absurda, sem um pingo de honestidade, que estão chamando Roberto Freire de fascista, apesar de sua trajetória política. Mas as ofensas a Freire, em verdade, mais do que atingi-lo, têm a expectativa de contar com cabeças baldias que assimilem o que vai nas entrelinhas e acreditem nas mentiras governistas. É o "vale tudo" oficial.
Renato Sant'Ana
Advogado e psicólogo. E-mail do autor: sentinela.rs@uol.com.br