
Valdemar faz inusitada revelação sobre proposta de fuga para Bolsonaro
13/09/2025 às 07:45 Ler na área do assinante
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que Jair Bolsonaro rejeitou uma sugestão para se exilar na Argentina. A revelação foi feita durante entrevista ao programa "Os Três Poderes", da revista VEJA, na quinta-feira (12). O dirigente partidário presenciou o momento em que o ex-presidente foi aconselhado a sair do país.
"Vi uma pessoa, não me lembro quem, falando isso para o Bolsonaro, falou perto de mim: 'Bolsonaro, vai para a Argentina'", declarou Valdemar à VEJA. Segundo o presidente do PL, Bolsonaro respondeu: "Não vou, vão entender que eu estou fugindo. Eu jamais vou deixar meu país".
A informação surge enquanto o ex-presidente cumpre prisão domiciliar determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro enfrenta absurdas condenações que somam 27 anos e três meses de reclusão relacionadas à trama golpista, conforme decisão da corte.
Valdemar disse que o plano sugerido a Bolsonaro começaria pela Argentina e terminaria nos Estados Unidos. Neste último país, o ex-mandatário poderia manter suas atividades políticas sem restrições à liberdade, distante do sistema judicial brasileiro.
O relato do dirigente partidário acontece no contexto das pressões enfrentadas por Bolsonaro desde os eventos de 8 de janeiro de 2023. O ex-presidente sempre negou publicamente considerar a possibilidade de deixar o Brasil, apesar das especulações de adversários políticos sobre uma eventual fuga para evitar investigações.
Na decisão que resultou na condenação, quatro dos cinco ministros que participaram do julgamento votaram pela culpabilidade do ex-presidente: Alexandre de Moraes, Flavio Dino, Carmen Lucia e Cristiano Zanin. Todos eles com ligações umbilicais com o atual governo.
O ministro Luiz Fux apresentou a única divergência no julgamento. Ele questionou a competência do STF e da Primeira Turma para julgar o caso, apontou possível cerceamento de defesa e pediu a anulação do processo. Fux também questionou a tipificação dos crimes e criticou conclusões da denúncia da Procuradoria-Geral da República.
A defesa do ex-presidente deve propor Embargos Infringentes, que deverá ser julgado pelo plenário da corte.
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