O colapso geral das Forças Armadas que hoje nem mesmo consegue pagar água e luz

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Por trás das cifras bilionárias que compõem o orçamento da Defesa, esconde-se uma realidade alarmante: as Forças Armadas brasileiras estão à beira do colapso funcional.

Recente reportagem da revista ‘Veja’, publicada em junho de 2025, escancarou o que muitos militares já vinham denunciando em silêncio — a estrutura que deveria garantir a soberania nacional está em “modo hibernação”, incapaz de pagar contas básicas como luz e água.

O corte de R$ 2,5 bilhões no orçamento da Defesa, parte do congelamento de R$ 48,5 bilhões promovido pelo governo Lula, não é apenas uma medida fiscal — é um golpe direto na espinha dorsal da capacidade operacional do país.

Com metade dos aviões A-29 Super Tucano da FAB parados por falta de peças e combustível escasso para missões de patrulha na Amazônia, o Brasil se vê vulnerável em áreas estratégicas e fronteiras críticas.

É verdade que o orçamento da Defesa ultrapassa R$ 135 bilhões, mas mais de 80% desse valor é destinado ao pagamento de pessoal — ativos, reservistas e pensionistas. O que sobra para custeio e investimento é irrisório, e atingiu em 2025 o menor nível em uma década.

O resultado é previsível: treinamentos suspensos, manutenção negligenciada, patrulhamento reduzido e respostas a emergências, como as enchentes no Rio Grande do Sul, comprometida.

O ministro José Múcio Monteiro tenta aprovar uma PEC que estabeleça um percentual mínimo para a Defesa no orçamento federal. Mas o projeto está parado no Congresso, travado por disputas políticas e pela falta de prioridade.

Enquanto isso, militares pedem socorro — um aporte emergencial de R$ 1 bilhão — e recebem como resposta o silêncio fiscal de um governo que, segundo interlocutores das Forças, demonstra má vontade diante da crise.

Não se trata de defender um governo ou outro.

A crise orçamentária da Defesa é crônica e atravessa outras gestões.

Mas o agravamento atual, em meio a investigações sobre uma suposta tentativa de golpe em 2022, levanta uma questão delicada: estaria o governo petista punindo institucionalmente as Forças Armadas por tensões políticas?

Seja qual for a resposta, o fato é que o Brasil está enfraquecendo sua capacidade de defesa em um mundo cada vez mais instável.

O colapso das Forças Armadas não é apenas um problema técnico — é um risco estratégico, institucional e simbólico. E se não houver uma reorientação urgente das prioridades nacionais, o país poderá pagar caro por negligenciar sua própria segurança.

Não é apenas o orgulho de ser militar que foi subtraído.

A exemplo da condenação de Bolsonaro, o governo faz questão de HUMILHAR nossos soldados colocando-os como pintores de meio fio ou distribuidores de cachorro quente para o governo.

Já houve uma época em que vestir uma farda era para poucos. Seu estado de limpeza, conservação e cuidados eram motivos para se ter orgulho e andar de cabeça erguida.

Hoje os praças nem mais saem de fardamento pelas ruas para não serem humilhados ou constrangidos.

Esse o fim do que um dia foi exaltado e respeitado.

Talvez a intenção seja clara: SUBSTITUIR PELOS ATIVISTAS DO PCC.

Foto de Jayme Rizolli

Jayme Rizolli

Jornalista.