O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 24 horas para que a Polícia Penal do Distrito Federal esclareça por que não houve “transporte imediato” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de volta para casa, onde cumpre prisão domiciliar, após sua saída do Hospital DF Star no domingo (14/9).

No despacho assinado nesta segunda-feira (15/9), Moraes determinou que a corporação envie à Corte um relatório detalhado sobre a escolta realizada. O documento deve incluir informações sobre o veículo utilizado no transporte até o hospital e a identificação dos agentes que acompanharam Bolsonaro durante o período de internação.

O ex-presidente chegou à unidade hospitalar por volta das 8h, onde foi submetido a exames e a um procedimento para retirada de lesões no tronco e no braço direito. A intervenção foi feita com anestesia local e sedação.

Após a alta, concedida no início da tarde, Bolsonaro foi visto acenando para apoiadores que se reuniram na porta do hospital, cantando o hino nacional e gritando seu nome. Segundo o cirurgião Cláudio Birolin, chefe da equipe médica responsável, o ex-presidente apresenta quadro de saúde “fragilizado” e estava “se alimentando mal”.

Bolsonaro retornou para sua residência por volta das 14h, mas Moraes quer saber por que não houve condução imediata ao domicílio, como determinam as regras da prisão domiciliar que lhe foi imposta.

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