Piloto experiente, médico morre em queda de avião no Pantanal
17/09/2025 às 05:48 Ler na área do assinante
O médico ortopedista e pecuarista Ramiro Pereira de Matos, 67 anos, morreu após a queda do avião que pilotava na área rural entre Coxim e Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense. O acidente ocorreu nessa terça-feira (16), aproximadamente uma hora depois da decolagem da aeronave.
O monomotor Cessna P210N, prefixo PS-FDW, havia partido de Araçatuba (SP) com destino a uma propriedade rural em Figueirópolis D'Oeste (MT). Familiares do piloto acompanhavam o trajeto em tempo real por aplicativo de rastreamento quando notaram o desaparecimento da aeronave dos radares, mobilizando fazendeiros da região para auxiliar nas buscas.
O site de monitoramento Flight Aware registrou que o avião decolou às 6h39 e tinha previsão de pouso às 7h50. A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou equipes de Campo Grande para localizar os destroços e o corpo do piloto.
Segundo a FAB, no momento da queda havia condições meteorológicas adversas na região, com chuvas intensas e trovoadas. Uma aeronave militar foi mobilizada para participar das buscas no local, confirmado pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
A delegada Ana Cláudia Medina, representante do Dracco, responsável pela investigação de acidentes aéreos no estado, afirmou que o local onde a aeronave caiu é de difícil acesso. O corpo de Ramiro foi localizado e aguarda liberação após os procedimentos periciais.
De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Cessna P210N foi fabricado em 1980 e estava registrado em nome do próprio médico. A aeronave tinha capacidade para cinco pessoas e sua certificação de aeronavegabilidade estava regular, com validade até agosto de 2026.
Natural de Presidente Prudente, interior paulista, Ramiro sempre morou em Araçatuba (SP). Flavio Matos, filho do médico, disse que seu pai era um piloto experiente e possuía toda a documentação necessária para a prática da aviação.
O médico deixa esposa de 63 anos e dois filhos, de 34 e 37 anos. Ele era proprietário de uma fazenda em Santo Antônio do Aracanguá, no noroeste paulista, além de outras duas propriedades rurais - uma em Mato Grosso do Sul e outra em Mato Grosso, estado onde pretendia chegar quando ocorreu o acidente.
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