Diretor da Agência Nacional de Mineração é preso em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro
17/09/2025 às 10:56 Ler na área do assinanteA Polícia Federal prendeu Caio Mário Trivellato Seabra Filho, diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), nesta quarta-feira (17) durante operação que investiga um esquema de mineração ilegal no Brasil. A ação foi realizada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e visa desmantelar uma organização criminosa envolvida em crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro no setor mineral.
As autoridades cumpriram 79 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão preventiva em diversas localidades. A Justiça também determinou o afastamento de servidores públicos envolvidos no esquema e o bloqueio de ativos financeiros que somam R$ 1,5 bilhão.
Seabra Filho, que tem formação em advocacia e integra a cúpula diretiva da ANM, teria estabelecido contato com um empresário identificado pela PF como líder da organização criminosa. As investigações apontam que o diretor atuava seguindo orientações diretas dos empresários durante reuniões oficiais da agência reguladora.
"O grupo teria corrompido servidores públicos em diversos órgãos estaduais e federais de fiscalização ambiental e controle na área de mineração, com a finalidade de obter autorizações e licenças fraudulentas", informou a PF.
A investigação revelou que Seabra Filho chegou a pedir vista de um processo específico para garantir os interesses do grupo criminoso. Em novembro de 2024, um dos empresários solicitou ao diretor a modificação de um voto para beneficiar uma das empresas envolvidas no esquema ilegal.
O pagamento de propinas ao diretor da ANM era operacionalizado através de um escritório de advocacia, que servia como intermediário para as transações ilícitas. Este mecanismo permitia disfarçar os pagamentos indevidos como serviços jurídicos.
Com a documentação fraudulenta obtida através da corrupção de agentes públicos, o grupo explorava ilegalmente minério de ferro em grande escala. As atividades de extração ocorriam inclusive em áreas tombadas e próximas a unidades de conservação, causando danos ambientais e criando riscos de desastres socioambientais.
A Justiça determinou a suspensão imediata das atividades das empresas envolvidas no esquema criminoso. Esta decisão visa interromper os danos ambientais em curso e prevenir novos impactos enquanto as investigações prosseguem.
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da Redação