Nos últimos dias, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passaram a articular uma alternativa à proposta de anistia ampla, geral e irrestrita: garantir que, em caso de condenação, ele cumpra a pena em regime domiciliar. A ideia circula como parte de um acordo político que poderia envolver, de forma indireta, o Supremo Tribunal Federal (STF). Quase como uma "carta na manga".
Segundo interlocutores, cabe exclusivamente ao ministro Alexandre de Moraes decidir sobre o local de cumprimento da pena. Até o momento, a tendência apontada por aliados próximos é de que Bolsonaro seja encaminhado ao presídio da Papuda, sem abertura para negociações em sentido contrário.
Uma das alternativas em discussão é incluir no texto da anistia, que será analisada pelo Congresso, um dispositivo que permita a ex-presidentes condenados cumprir a pena em casa. O entorno de Bolsonaro, no entanto, demonstra preocupação com essa hipótese, temendo riscos à sua integridade física em eventual encarceramento comum. Entre os locais cogitados estariam uma sala na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal ou em um quartel do Exército.
Outra possibilidade seria a defesa do ex-presidente formalizar um pedido de prisão domiciliar diretamente ao STF. Essa opção ganhou força após o diagnóstico indicativo de câncer de pele revelado na quarta-feira (17), o que poderia reforçar um argumento de caráter humanitário. Nesse caso, porém, a decisão caberia exclusivamente a Alexandre de Moraes.
As negociações em torno da anistia seguem em andamento no Congresso, com diferentes versões do projeto em discussão e forte pressão política de ambos os lados.
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