Professor executado: Suspeito preso é pai de motociclista atropelado pela vítima no ano passado
20/09/2025 às 19:28 Ler na área do assinante
A Polícia Civil prendeu um homem suspeito de assassinar o professor Lucas Antonio de Lacerda, de 39 anos, em São José (SC). A prisão ocorreu neste sábado (20) em Palhoça, na Grande Florianópolis. O crime aconteceu na última segunda-feira (15), quando a vítima foi atingida por nove disparos enquanto estava dentro de seu Peugeot 207SW.
Segundo a Delegacia de Homicídios de São José, a motivação do crime estaria relacionada a um acidente de trânsito ocorrido em 2024, no qual o filho do suspeito morreu. A 2ª Vara Criminal de São José expediu os mandados de prisão e busca domiciliar após a identificação do suspeito.
A operação contou com apoio do Laboratório de Inteligência Cibernética da Polícia Civil, da Agência de Inteligência do 7º Batalhão da Polícia Militar e do Núcleo de Inteligência Integrado da Guarda Municipal.
O homicídio foi registrado pelo sistema de monitoramento Bem-Te-Vi. O professor foi atacado por volta das 14h, na rua Otto Júlio Malina, bairro Ipiranga, em frente a uma padaria, próximo à avenida Osvaldo José do Amaral.
A Polícia Militar informou que o veículo da vítima recebeu diversos disparos no para-brisa. Quando as equipes chegaram ao local, o professor já estava sem vida. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência confirmou o óbito no próprio local.
Investigações revelaram que Lucas Antonio de Lacerda respondia a uma ação penal por homicídio culposo na direção de veículo automotor. O processo estava relacionado ao mesmo acidente de trânsito ocorrido em 2024.
O Ministério Público de Santa Catarina declarou que o professor não aceitou a proposta de acordo de não persecução penal, resultando em denúncia formal. O processo foi baseado em boletim de ocorrência, laudos periciais e depoimentos de testemunhas.
A Vara Criminal do Foro do Continente manteve a denúncia contra o professor em 2025 e agendou audiência de instrução e julgamento para 24 de junho de 2026. Na decisão, o magistrado afirmou: "Nesta fase processual, não se exige certeza, mas apenas indícios da responsabilidade criminal, que deverão ser confirmados ou não durante a instrução probatória."
As autoridades continuam as investigações para esclarecer todos os aspectos relacionados ao caso.
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