Lula afronta Trump em Nova York

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Brasil e um pequeno grupo de aliados decidiram não incluir os Estados Unidos entre os convidados para a reunião "Democracia Sempre", que ocorrerá em Nova York na próxima quarta-feira (24), paralelamente à Assembleia-Geral da ONU. A decisão foi tomada em meio a conflitos diplomáticos entre Brasil e EUA.

Lula desembarca neste domingo (21) em Nova York para participar da Assembleia-Geral da ONU, onde discursará no debate anual que reúne os 193 países membros. Cerca de 30 nações foram convidadas para o evento "Democracia Sempre", mas os EUA ficaram de fora.

Um representante do governo brasileiro afirmou que apenas países considerados democráticos receberam convites para o encontro. Segundo este funcionário, não existem condições para a participação de um país que passou por uma guinada extremista.

Alemanha, Canadá, França, México, Noruega, Quênia, Senegal e Timor Leste estão entre os convidados para o evento.

Em julho, Lula participou de uma reunião do grupo no Chile, onde os líderes divulgaram um comunicado reafirmando o compromisso "com a defesa da democracia, do multilateralismo, além do trabalho conjunto para abordar as causas estruturais que solapam as instituições democráticas, seus valores e legitimidade".

A primeira edição do evento, realizada no ano passado e organizada por Lula e pelo primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, recebeu o título "Em defesa da democracia, combatendo o extremismo". Na ocasião, os EUA, governados por Joe Biden, enviaram um representante de segundo escalão do Departamento de Estado, demonstrando claramente um certo desdém pelo evento.

O primeiro-ministro espanhol propôs que a iniciativa coordenasse respostas ao fenômeno global de reação contra a democracia. Sánchez identificou três fatores que minam a confiança nos sistemas democráticos: desigualdade, desinformação e propagação de discursos de ódio.

O governo Trump assinou um decreto proibindo o combate à desinformação, classificando tais esforços como censura. A administração americana tem pressionado pela demissão de personalidades que criticaram Charlie Kirk, ativista conservador assassinado em 10 de setembro.

Na nota de convite para a primeira edição do "Democracia Sempre", Lula e Sánchez mencionaram os ataques de 8 de Janeiro em Brasília e a invasão do Capitólio como exemplos de "movimentos violentos com elementos comuns, como a rejeição da alternância democrática e da diversidade, além da exaltação de uma forma exclusiva de identidade nacional".

Trump concedeu perdão a 1.500 pessoas condenadas pelos atos de 6 de Janeiro em Washington, no primeiro dia de seu segundo mandato. A regulação das empresas de tecnologia também será tema da cúpula, assunto que enfrenta resistência do governo americano.

Na segunda-feira (22), Lula participará de um evento para discutir a solução de dois Estados na Palestina, posição defendida pelo Brasil e à qual os EUA se opõem. Este tema provavelmente será abordado no discurso que o presidente fará no debate da assembleia na terça-feira (23).

Lula e Trump estarão no mesmo local pela primeira vez desde a eleição do americano e a aplicação de sanções ao Brasil, sem expectativa de encontro entre os líderes. O protocolo da ONU prevê salas separadas para oradores antes e depois dos discursos.

O evento ocorre sob ameaça de novas punições contra o Brasil. Entre as possíveis sanções em análise pelo governo americano estão o aumento de tarifas, ampliação de restrições de vistos e a inclusão da esposa do ministro Alexandre de Moraes na Lei Magnitsky.

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da Redação