Maduro manda carta pedindo “arrego”, mas volta a provocar Trump
21/09/2025 às 12:48 Ler na área do assinanteAs forças armadas da Venezuela realizaram exercícios militares na ilha de La Orchila, no Caribe, na quinta-feira (18), em resposta direta à crescente presença militar dos EUA na região. A operação, denominada "Caribe Soberano 200", iniciada na quarta-feira (17), tem duração prevista de três dias e mobiliza cerca de 2.500 soldados venezuelanos.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, declarou que as manobras visam "fortalecer as capacidades defensivas e proteger a soberania nacional". As atividades militares acontecem após o governo Trump ter atacado três embarcações venezuelanas sob acusações de tráfico de drogas.
A demonstração militar venezuelana envolve um arsenal considerável sob coordenação da Força Armada Nacional Bolivariana. O exercício utiliza 12 navios de guerra, 22 aeronaves, 20 embarcações menores operadas por militares, caças russos Sukhoi 30 e diversas peças de artilharia posicionadas na região.
López expressou preocupação com navios americanos próximos ao território venezuelano, classificando a presença militar dos EUA no Caribe como "uma ameaça ao país e à região". O ministro afirmou: "nessa situação especial, precisamos redobrar nossos esforços e aumentar nossa prontidão operacional para um cenário de conflito armado no mar. E estamos fazendo isso".
A tensão entre os países aumentou desde 20 de agosto, quando o governo Trump enviou três navios de guerra para a costa venezuelana. Washington justifica a ação como parte do combate ao narcotráfico, enquanto elevou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro.
O primeiro ataque americano contra embarcações venezuelanas ocorreu em 2 de setembro. A ação resultou na morte de 11 pessoas em um barco que, segundo o governo norte-americano, transportava drogas. O segundo ataque foi confirmado por Trump na segunda-feira (15), causando três mortes em uma embarcação identificada pelos EUA como venezuelana.
Trump revelou durante pronunciamento:
"Vocês só sabem de 2, mas na realidade foram 3". O presidente americano não forneceu detalhes sobre o terceiro ataque, nem informou o número de vítimas ou a localização da ação.
A presença militar americana no Caribe aumentou após o primeiro ataque. Segundo Caracas, três dias depois da primeira ofensiva, os EUA enviaram dez caças F-35 para Porto Rico e deslocaram oito navios de guerra para águas caribenhas.
Antes dessa nova escalada de tensões, o ditador venezuelano havia tentado uma abordagem diplomática. Conforme revelado pela agência Reuters no dia 20, Maduro enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos em 6 de setembro, propondo uma relação mais construtiva entre os dois países. A correspondência foi escrita quatro dias após forças norte-americanas realizarem a operação contra a embarcação supostamente transportando drogas em águas sul-americanas.
Na carta, Maduro contestou acusações dos EUA sobre o papel da Venezuela no tráfico internacional de entorpecentes, afirmando:
"Juntos possamos derrotar as mentiras que têm maculado nossa relação".
O mandatário venezuelano defendeu um relacionamento "pacífico" entre as nações e sugeriu a intermediação do diplomata Richard Grenell para estabelecer conversações "para superar os ruídos midiáticos e as fake news".
A Casa Branca não emitiu pronunciamento oficial sobre a carta. No entanto, o aumento da presença militar norte-americana no Mar do Caribe, próximo ao território venezuelano, parece ter sido a resposta mais eficiente que Trump encontrou para responder ao tirano venezuelano.
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da Redação