Vetado na liderança da minoria, Eduardo Bolsonaro deve sair candidato pelo NOVO em 2026

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Em primeira mão, nossas fontes confirmaram que o filho do ex-presidente, deputado licenciado Eduardo Bolsonaro não deverá sair pelo PL em 2026. Desde que se radicou nos Estados Unidos, uma série de desentendimentos com o cacique do partido liberal, Valdemar Costa Neto, aconteceram.

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Não é de hoje que hoje que Valdemar e Eduardo não se bicam. No passado, Costa Neto se recusou a passar para Eduardo a presidência do PL no estado de São Paulo – o que seria natural considerando o caminhão de votos que Eduardo puxou tanto em 2018, quanto em 2022.

A verdade é que Valdemar nunca foi e nunca será um ‘bolsonarista’. Se pegarmos os campeões de voto em SP, Carla Zambelli, Ricardo Salles, Capitão Guilherme Derrite e o próprio Eduardo juntos nas eleições de 2022, eles somaram 2,5 milhões de votos para deputado federal – o suficiente para eleger mais quatro deputados, maior do que a bancada da maioria dos partidos na Câmara Federal.

Derrite deixou o partido e deve sair pelo senado pelo Progressistas, Salles ingressou no partido Novo, Zambelli e Eduardo estão exilados no exterior.

Valdemar preside o PL desde 2011 e é notório que ele se sente mais a vontade articulando com figuras como Michel Temer ou Gilberto Kassab do que com seus próprios correligionários como Gustavo Gayer (PL-GO) ou o Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP).

O anuncio da mudança do filho ‘zero três’ para o Novo está prevista para 2026, mas diante do (estranho) veto do presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), ao nome do deputado para assumir a liderança da minoria, essa mudança de partido pode ser acelerada. O curioso é que a própria deputada Caroline de Toni (PL-SC) já havia renunciado ao cargo na liderança para abrir espaço para Eduardo Bolsonaro.

Eduardo é candidato fortíssimo ao Senado pois no interior do estado de SP, onde se concentram 15 milhões de eleitores, ele reina praticamente sozinho. Porém, para o Novo seria muito melhor tê-lo como candidato federal onde sua votação gigante poderia aumentar significativamente a bancada do partido que hoje conta com apenas dois deputados federais pelo estado.

Haverão negativas, mas pode anotar você leu primeiro aqui no JCO.

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.