Delegada esposa de empresário que matou gari se complica no caso e pode sofrer consequências

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O empresário Renê Nogueira Júnior é réu confesso do homicídio do gari Laudemir de Souza Fernandes, ocorrido no dia 11 de agosto, no Rio de Janeiro. O caso repercutiu nacionalmente.

Ele acabou confessando o crime contra o profissional da coleta de lixo e foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, ameaça e fraude processual.

Renê é marido da delegada de polícia Ana Paula Balbino e cometeu o crime usando uma arma dela.

As investigações detectaram que a delegada fez 29 pesquisas na plataforma de Registro de Eventos de Defesa Social (REDS), onde estão boletins de ocorrências em andamento e finalizados, de 10h30 a 13h20 no dia do crime. Ela pesquisou por seu nome, a placa do carro que Renê conduzia, pelo nome do marido e pelo nome da vítima.

Assim, a delegada acabou se complicando, tendo sido indiciada pelo crime de prevaricação, por supostamente não ter praticado algum ato que deveria na condição de agente público, e posse ilegal de arma, já que a pistola utilizada no caso pertencia a ela.

Ainda de acordo com a apuração da Corregedoria, Ana Paula ligou para o marido 23 vezes a partir de nove minutos depois do horário do crime até momentos antes da prisão de Renê, numa academia de alto padrão de Belo Horizonte. O empresário inicialmente negou envolvimento na morte de Laudemir, mas depois confessou o crime e isentou a mulher de qualquer responsabilidade. Ele disse ter usado a arma da servidora sem ela saber.

Ana Paula ainda contou para o irmão no dia do assassinato do gari que suspeitava que Renê teria cometido o crime. O parente da servidora confirmou a informação em depoimento à 4ª Subcorregedoria da PCMG. O irmão enviou à delegada o link de uma reportagem da imprensa local sobre o caso e ligou para "sondar" se o carro dela era o mesmo constante da matéria. A servidora teria dito ao irmão que estava atordoada e que tentava confirmar se Renê estava envolvido.

A defesa de Ana Paula disse que não vai se manifestar porque o procedimento corre em sigilo. Informações sobre o processo na Corregedoria foram juntadas à ação do homicídio sem atribuição do sigilo, por equívoco. Segundo a defesa, haverá apuração da responsabilidade das autoridades responsáveis por isso.

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da Redação