Ex-contador de Lula e Lulinha, enrolado em esquemas espúrios, é alvo de operação contra o PCC
25/09/2025 às 16:18 Ler na área do assinanteJoão Muniz Leite, contador que trabalhou para empresas do filho de Lula, é alvo de operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagrada nesta quinta-feira (25). A Operação Spare investiga um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo postos de combustíveis vinculados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Agentes realizaram buscas na residência e no escritório de contabilidade de Muniz Leite, situado em Pinheiros, zona oeste da capital paulista. O estabelecimento funciona no mesmo prédio onde operavam empresas de Fábio Luís Lula da Silva, como a BR4 Participações e a G4 Entretenimento.
De acordo com as investigações, o contador teria elaborado declarações de imposto de renda para Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, apontado como principal articulador de uma rede de "laranjas" que atua em diversos setores econômicos, incluindo postos de combustíveis e empreendimentos imobiliários.
O MPSP afirma que as evidências coletadas mostram "não deixando dúvidas da participação ativa de João Muniz nas estratégias de lavagem de dinheiro da organização criminosa". Análises da Receita Federal indicam que ele atuava como comparsa de Flavinho e também seria responsável pelas declarações fiscais de outros integrantes do esquema que apresentaram aumento patrimonial, como Adriana Siqueira de Oliveira e Eduardo Silvério.
Por meio de seus advogados Jorge Delmanto e Marcelo Delmanto, o contador se manifestou sobre o caso. Em nota, a defesa afirmou que "a investigação não recai sobre o cliente, apesar de, por equívoco de análise de datas, o atingir."
Os representantes legais acrescentaram que "O escritório de contabilidade do qual nosso cliente é sócio, teve como cliente, um dos investigados e duas empresas pertencentes a este, atuando até o ano de 2020. Portanto desde 2020 não há qualquer vinculação comercial com qualquer dos investigados, sendo que a própria busca e apreensão já testou isso ao não encontrar qualquer vinculação recente dos investigados com o escritório de contabilidade."
A relação profissional entre Muniz Leite e a família de Lula vai além das empresas de Lulinha. O contador prestou serviços diretamente a Lula, tendo sido responsável pelas declarações de Imposto de Renda do atual presidente entre 2013 e 2016. Durante as investigações da Lava Jato, ele chegou a ser ouvido como testemunha no caso relacionado ao triplex do Guarujá.
Fábio Luís teria encerrado sua relação profissional com o contador no ano passado, após Leite ter sido alvo da Operação Fim da Linha, que apura a infiltração da facção criminosa em empresas de ônibus da capital paulista.
Muniz Leite também é suspeito de ter lavado dinheiro para Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, assassinado em dezembro de 2021 e considerado uma das lideranças do PCC. Um fato que chamou a atenção das autoridades foi que, durante os cinco anos em que trabalhou para Cara Preta, o contador e sua esposa teriam ganhado na loteria pelo menos 55 vezes, circunstância que levantou suspeitas sobre um possível método para dar aparência legal a recursos de origem ilícita.
Em depoimento às autoridades policiais, conforme noticiado pelo jornal O Estado de S.Paulo, João Muniz Leite afirmou que seu contato com Cara Preta ocorreu por intermédio de Vinícius Gritzbach, que posteriormente se tornou delator do PCC. No mesmo depoimento, o contador alegou desconhecimento sobre as atividades criminosas do líder da facção para quem prestava serviços.
Gritzbach, que segundo Leite foi o responsável por apresentá-lo a Cara Preta, foi assassinado no ano passado, evidenciando a periculosidade do esquema criminoso sob investigação na Operação Spare.
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da Redação