A possibilidade de os Estados Unidos revogarem o visto do comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, gerou um grande "surto"em oficiais brasileiros em postos estratégicos no exterior. O adido militar em Washington, general Maurício Vieira Gama, e o representante junto ao US Southern Command, general Flávio Moreira Matias, buscaram diálogo com colegas norte-americanos para entender o cenário e defender a continuidade da cooperação militar entre os dois países.

Segundo revelado pelo Estadão, os generais ressaltaram que eventuais atritos políticos entre governos não deveriam comprometer o relacionamento histórico mantido entre as Forças Armadas do Brasil e dos Estados Unidos.

A revogação do visto de Tomás passou a ser cogitada por Washington dentro de um pacote de sanções que também pode atingir membros da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. A justificativa apresentada seria a de que o comandante teria sido indicado ao cargo com influência do ministro Alexandre de Moraes, o que, na avaliação norte-americana, teria dado respaldo militar a decisões do Supremo Tribunal Federal.

O Departamento de Estado mapeou encontros entre Moraes e o general Tomás, e esses registros passaram a embasar as discussões em curso. Até o momento, não há decisão final, mas a hipótese de sanção ganhou força no governo norte-americano.

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