
Investigações do assassinato de ex-delegado geral de SP avançam e chegam em importante autoridade
30/09/2025 às 11:09 Ler na área do assinante
As investigações da polícia de São Paulo no caso do assassinato do ex-delegado geral de Polícia, Rui Ferraz Fontes, seguem avançando e nesta segunda-feira (29) a residência de Sandro Rogério Pardini, subsecretário de Gestão de Tecnologia da Prefeitura de Praia Grande, foram alvo de mandado de busca e apreensão.
Na casa de Pardini, os policiais recolheram equipamentos eletrônicos, incluindo um celular, dois notebooks, dois pendrives e um computador. Também foram apreendidas três pistolas e dinheiro em espécie: R$ 50 mil, US$ 10,3 mil e € 1,1 mil. A operação abrangeu outros oito endereços em Santos, Praia Grande e São Vicente.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) coordenou a ação com apoio da Polícia Civil local. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou em comunicado que "Foram apreendidos celulares, eletrônicos e outros itens de interesse da investigação. Demais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial".
A Prefeitura de Praia Grande divulgou nota afirmando que "mantém contato constante com a Polícia Civil e está colaborando integralmente com as investigações, fornecendo imagens, informações e demais materiais solicitados". O texto acrescenta que "A Administração Municipal não recebeu qualquer comunicação oficial sobre buscas e apreensões relacionadas à operação mencionada, mas reforça que permanece à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários".
Por meio de seus advogados, Pardini negou qualquer envolvimento com o crime, rejeitando "veementemente toda e qualquer participação, seja ela direta ou indireta, nos fatos que estão sendo apurados". A defesa afirmou que o subsecretário está disposto a "colaborar, naquilo que estiver ao seu alcance, para o efetivo esclarecimento deste trágico ocorrido".
Sobre os itens apreendidos, os representantes legais declararam: "Destacamos que os objetos e bens apreendidos não possuem qualquer relação com os fatos, o que foi comprovado pela documentação juntada e confirmado nos esclarecimentos prestados por Sandro, frisa-se, ouvido na qualidade de testemunha. No mais, reforçamos que Sandro tem uma vida completamente voltada ao trabalho lícito e cuidado com a sua família".
A investigação já resultou na prisão de quatro suspeitos. Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar, foi identificado como um dos executores do crime. William Silva Marques, proprietário do imóvel usado como base para o planejamento do assassinato, também está detido. Dahesley Oliveira Pires foi presa por transportar o fuzil utilizado no crime, e Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão, por auxiliar na fuga de um dos criminosos.
Quatro outros suspeitos permanecem foragidos: Felipe Avelino da Silva (Mascherano), Flávio Henrique Ferreira de Souza, Luis Antônio Rodrigues de Miranda e Humberto Alberto Gomes.
Câmeras de segurança registraram que os criminosos posicionaram um veículo próximo à Prefeitura às 18h02 do dia 15 de setembro. Após 14 minutos, o carro de Ruy Ferraz passou pelo local e foi alvejado. A vítima tentou fugir, percorreu aproximadamente 2,5 quilômetros, colidiu com um ônibus e foi executada.
O Departamento Estadual de Homicídios trabalha com múltiplas linhas de investigação, incluindo possível envolvimento de agentes públicos. Ruy Ferraz acumulou inimizades durante sua carreira, sendo considerado adversário número um do PCC quando atuava como delegado. Ele também mantinha desavenças dentro da própria Polícia Civil e pode ter contrariado interesses locais em sua função na administração municipal.
Investigadores comparam o caso à execução do corretor Vinícius Gritzbach, também inimigo do PCC, morto com 10 tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo. A principal linha de investigação aponta para uma possível vingança da facção criminosa, já que Ruy Ferraz foi pioneiro nas investigações sobre o grupo no início dos anos 2000.
O ex-delegado participou da transferência de lideranças importantes para presídios federais, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Em 2019, após essa transferência, Ferraz foi jurado de morte pelo líder da organização criminosa.
Com mais de 40 anos na Polícia Civil paulista, Ruy Ferraz tornou-se referência no combate ao crime organizado. Sua carreira incluiu passagens pela Delegacia de Taguaí, pela Divisão de Homicídios do DHPP e pela 1ª Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes do Denarc.
Ferraz também comandou a 5ª Delegacia de Investigações Sobre Furtos e Roubos a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais e outras unidades na capital. Em janeiro de 2023, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande, cargo que ocupava quando foi assassinado.
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