Briga por penduricalho no Ministério Público vem à tona e expõe algo tenebroso

01/10/2025 às 10:06 Ler na área do assinante

Promotores e procuradores do Ministério Público de São Paulo (MPSP) trocam mensagens em um grupo de WhatsApp sobre benefícios salariais e comparações com a remuneração de juízes. As conversas, obtidas pelo site Metrópoles nesta quarta-feira (1), ocorrem em um grupo com mais de 500 integrantes, entre membros ativos e aposentados da instituição, e mostram insatisfação com diferenças remuneratórias e críticas a um colega que questionou no Supremo Tribunal Federal (STF) o pagamento de um benefício à categoria.

No grupo chamado "Equiparação Já", os participantes defendem que os adicionais representam uma "defesa contra o arrocho salarial". Um dos membros resume o sentimento geral com a frase: "Eu só quero pagar minhas contas".

O procurador Marcio Sergio Christino, um dos mais ativos nas discussões, perguntou aos colegas no dia 20 de setembro: "Vc já passeou de Porsche hj?". Ele manifestou descontentamento com o que considera um "desnível financeiro e social" entre o MP e a magistratura.

A procuradora Valéria Maiolini relatou o caso de um juiz que comprou seu terceiro carro de colecionador, acumulando aproximadamente R$ 1 milhão em veículos, enquanto os membros do MPSP lutavam "para receber o mínimo".

Dados mostram que um dos participantes do grupo recebeu R$ 67 mil líquidos em agosto de 2025. Em dezembro do ano anterior, seu contracheque ultrapassou R$ 100 mil, incluindo gratificação natalina e verbas indenizatórias.

Outro integrante, identificado como Leonardo, afirmou precisar dos auxílios extras para suas despesas: "Eu nem quero um Porsche. Eu só quero pagar minhas contas". Em resposta, Christino mencionou que os vencimentos do MPSP estavam se equiparando aos do "magistério", fazendo um trocadilho com "magis", apelido usado para "magistrados".

O procurador Luiz Faggioni, administrador do grupo, disse dirigir um carro popular, sugerindo ironia direcionada aos desembargadores. Tanto Faggioni quanto Christino receberam mais de R$ 100 mil em dezembro de 2024 e mantiveram média salarial superior a R$ 70 mil nos últimos nove meses.

Os membros criticam um colega aposentado que acionou o STF contra o pagamento de um auxílio que beneficiava a carreira. Faggioni o classificou como "inimigo da classe", enquanto outros usaram termos como "idealista", "mesquinho" e "ingênuo".

A procuradora Maiolini questionou se esse colega havia renunciado a outros privilégios. O promotor aposentado Jamil Luiz Simon, de Campos do Jordão, defendeu que os salários dos promotores não podem ser equiparados a outras profissões no Brasil, justificando pela aprovação em concurso público e pelas particularidades da função.

As discussões acontecem no contexto da eleição para o Conselho Superior do Ministério Público, marcada para 6 de dezembro. Três chapas devem disputar o pleito, sendo que apenas a candidatura de Christino não possui vínculos com o atual procurador-geral de Justiça, Paulo Sergio Oliveira e Costa.

Em abril, o Metrópoles informou que MPs estaduais em todo o Brasil autorizaram o pagamento do "acúmulo de acervo". Essa prática ganhou força após o Conselho Nacional do Ministério Público decidir, em 2022, que promotores têm direito ao pagamento retroativo desse benefício referente ao período entre 2015 e 2023.

O acúmulo resultou em pagamentos que ultrapassaram R$ 1 milhão para alguns promotores. Dados da plataforma DadosJus, da Transparência Brasil, indicam que em 2023, 90% dos promotores e procuradores receberam mensalmente valores superiores a R$ 46,3 mil, que corresponde ao teto do funcionalismo público brasileiro. No ano passado, alguns membros dos MPs receberam mais de R$ 800 mil em um único mês.

Procurado, Márcio Christino disse: "Lamento profundamente a publicação de comentários cuja origem e teor desconheço. De fato, participo de vários grupos, aquele inclusive, mas não me recordo destas mensagens e reputo indevido o uso de meu nome. O teor destas mensagens está manipulado em seu conteúdo. Sem apontar a origem fica inviável a comparação. O MP está em época de disputas eleitorais e sou candidato, evidente a intenção de interferir no processo eleitoral. Isto mostra como o processo político interno transborda. Especialmente para quem contesta ações e omissões da própria instituição.

O mais tenebroso é que nessa briga entre detentores de altíssimos salários, ninguém está verdadeiramente preocupado com a sociedade.

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