PF prende mulher e filho de parlamentar que segue foragido

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A Polícia Federal deflagrou operação contra uma organização criminosa na Bahia nesta quarta-feira (1), tendo como principal alvo o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (PRD). O parlamentar, que segue foragido, é suspeito de comandar um grupo miliciano em Feira de Santana há mais de dez anos. A ação policial, denominada Estado Anômico, resultou na prisão de oito pessoas.

Entre os detidos estão Mayana Cerqueira da Silva, esposa de Binho, e João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, filho do parlamentar. Quatro policiais militares também foram capturados. A PF cumpre 10 mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão em Feira de Santana e Salvador.

A Polícia Federal identificou o grupo como uma "estruturada e sofisticada organização criminosa" voltada "para a prática reiterada de múltiplas infrações penais graves". As investigações apontam atividades ilícitas que incluem lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada. A soma das penas previstas para os crimes pode ultrapassar 50 anos de prisão.

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou Binho Galinha formalmente em fevereiro de 2025. As autoridades o apontam como líder de uma organização criminosa com atuação consolidada em Feira de Santana.

Em dezembro de 2023, o deputado já havia sido alvo de mandado de busca e apreensão. Na ocasião, a PF esclareceu a situação jurídica do parlamentar: "o chefe da organização atualmente é detentor de foro por prerrogativa de função e, com isso, faz-se necessário esclarecer que, desde 2018, o Supremo Tribunal Federal vem entendendo que parlamentares serão processados e julgados pela justiça de primeiro grau em caso cometimento de crimes antes da diplomação do cargo e desconexo a ele".

Na operação de dezembro, chamada 'El Patrón', as autoridades bloquearam mais de R$ 200 milhões em contas dos investigados. A esposa e o filho de Binho também foram detidos naquela ocasião. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) posteriormente anulou a operação por falhas procedimentais.

Em abril de 2024, a polícia realizou nova operação contra o mesmo grupo, batizada de Hybris. A ação resultou em novo mandado de prisão preventiva contra Mayara. A Receita Federal identificou movimentações financeiras atípicas relacionadas aos suspeitos, apontando "inconsistências fiscais" e a existência de "bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro".

Binho Galinha foi preso em 2011 em Feira de Santana. Ele foi acusado de participar de uma quadrilha especializada em roubos de automóveis e caminhões, sendo detido com uma pistola. No campo empresarial, o deputado é sócio da Tend Tudo desde 2006, estabelecimento que vende peças e acessórios para veículos automotores em Feira de Santana.

O deputado iniciou sua trajetória política durante a pandemia, quando começou a distribuir refeições para pessoas em situação de vulnerabilidade em frente à sua empresa. Essa atividade assistencial atraiu a atenção de lideranças políticas locais, resultando em um convite para se candidatar pelo partido Patriota.

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da Redação